ESPACIALIZAÇÃO DO CRESCIMENTO URBANO DE RONDONÓPOLIS E SUAS CONTRADIÇÕES SOCIAIS V
A cidade tem uma história de “construção” e de “reprodução” do espaço a qual tem assumido características variadas segundo um conjunto de outras variáveis que vêm marcando seu crescimento. Analisando-se seu conjunto obtêm-se o delineamento fundamental de suas transformações. Igualmente, avaliando-se os detalhes, por exemplo, em cada bairro, tem-se uma oportunidade melhor de reavaliar e reescrever sua história.
A realidade do espaço não é única, nem total, é a complexidade de fatores deduzidos e conduzidos pelo trabalho do homem no produto final (inacabado) de um dado momento, num determinado espaço de tempo. Logo, encara o espaço dos bairros periféricos desta cidade neste grau de complexidade que determina ou indetermina cada ingrediente em sua formação é mais que relatar os fatos históricos; é sistematizá-los dentro de uma ótica global de acontecimentos acionados pelos próprios segmentos sociais que os compõem.
É dessa maneira que devemos encarar a formação, a organização, a produção e reprodução do espaço geográfico dos bairros periféricos desta cidade. Portanto, as questões elaboradas sobre as aplicações das normas técnicas e urbanísticas contidas no Plano Diretor, vão clarearem nossas idéias acerca do que os seus usuários pensam e desejam.
É um exercício do pensar o espaço geográfico, do sentir o espaço urbano e suas contradições sócio-espaciais.
Aires José Pereira é graduado e Especialista em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia na UFU, prof. Adjunto da UFT e escritor com 12 livros publicados, membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense e membro pesquisador do NURBA.