Não brinque Com Inimigos
Inimigos são como baratas, eles invade sua vida e você nem sente. Não que eles estejam seguindo suas ações, mas são peçonhentos. Todo cuidado é pouco.
Nem de brincadeira queira estar perto deles. É na brincadeira que eles lhe dizem o querem falar e na primeira oportunidade lhe ferram. Existe uma maneira sábia de nós protegermos: aprender a desarmá-los, enfrentá-los. O sorriso. Sorria quando lhe vierem com brincadeiras que nada lhe soma. Se perceber a intenção, seja bem-humorado.
Fui vítima dessas criaturas insanas, que pensam que são melhores que você e lhe fazem de escada para subir. Principalmente quando você não tem tanto carisma com algumas pessoas, elas se aproveitam disso para lhe alfinetar. Aconteceu comigo na faculdade e desde cedo aprendi como domá-las, botar limites na hora certa. Descobri que o sorriso camufla sutilezas que faz uma diferença enorme entre o sucesso e o fracasso.
Vivi minha adolescência e juventude pisando em ovos, com medo de magoar, escondendo-me atrás do sorriso. Convivendo com pessoas super elogiadas por motivos que nem sabia quais eram. Porque era filha ou filho de alguém que se destacava na sociedade. Aprendi desde a infância a ser adulta. Nunca invadi o espaço de uma cozinha ou dispensa se não fosse convidada ou para arrumar.
Quando não agradava, só com o olhar entendia e fazia tudo novamente. Se não agradava mesmo já saia em reprimenda e batia em retirada, já em direção à solitária, que era a sala de castigo diário. Para quem não fazia tudo a gosto, então o castigo era em cima de caroços de feijão. Isso me deixou problemas nos joelhos... Depois de levar muitos desse castigo, pensei cá comigo: estou crescendo e quando tiver meus filhos jamais irei tratá-los assim. Logo alguém me alertava: mas eles não tratam nenhum filho deles assim. Passei a observar isso, vi que os filhos dos outros eram moleques e os deles meninos. Mudei de comportamento, comecei a repreender quem me repreendia por motivo banal.
Levei a vida com alegria e sorrindo, quase sinônimo de felicidade. Me irritei menos e passei a irritar mais. Cresci e fui jogada em uma sociedade em que a arte de viver tem que ser lapidada todos os minutos para desarmar nossos inimigos. Não brincar com eles nem entrar em seus jogos, deixar o coração cair na veia. As piadas feitas com estardalhaços nos irritam, mas nos levantam para revidar à altura.
Ser bem-humorado afasta inimigos e eles passam até a te admirar. Você é que passa a fazer sua vigilância em cima deles e nunca esquecê-los, pois num vacilo eles pegam você.
O sorriso te protege, o espírito fica leve e você é muito bem recebido em rodas de conversas e encontros sociais.
São extremos. Se o sorriso faz você sutil, refinado, lhe transformando em estado agradável de inteligência, a piada rasteira demonstra rusticidade social e você aprende que o sorriso enriquece as ironias atestam gentilezas, formas requintadas para todos os estilos.