Trânsito: O Inferno Na Terra
Por Carlos Sena
Andar de carro hoje em dia (e em noite) é testar paciência. Pois isso é o que temos feito para não nos estressar além do necessário. Porque há dias em que a gente, crente que conhece bons atalhos pra se livrar dos engarrafamentos, rasga, literalmente a boca. Sai da casa do cão e cai na casa do diabo! E o diabo, como bem sabem os evangélicos radicais pentecostais, não dormem. Seja dia seja noite estão ali, nos cutucando com suas varas. Ora curtas, ora longas, as varas do capiroto se dissipam no trânsito e, não raro a gente pensa que estamos no inferno. Não bastassem os milhares de carros que coalham nossas ruas, chacoalham nossa paciência alguns apressadinhos que querem desafiar a física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Só que os mesmos espaços que o trânsito ocupa também são divididos pela incompetência dos técnicos especializados em urbanismo e trânsito e além. Porque a gente fica exercitando a paciência na medida em que também temos que nos livras dos que jogam papel nas ruas pela janela dos carros; dos que pilotam motos e saem costurando o trânsito a qualquer custo; dos carrinhos de picolés que se entremeiam entre os caros; dos pedintes, dos limpadores de para brisa, das carroças de burro com o burro na frente e o burro-homem atrás; das bicicletas carregando água no bagaceiro, dos triciclos transportando botijão de gás; dos catadores de lixo empurrando um carro de mão, na contramão. Também dos malabaristas nos sinais fazendo da rua circo e nos próprios sinais os guardas fazendo também da rua circo e dos motoristas palhaço.
O inferno do trânsito denota a equivocada política de incentivo a fabricação de carros, quando não existe a fabricação de ruas nem, tampouco, uma política efetiva de transporte público com qualidade. Houve um tempo em que só quem tinha carro era "gato". Hoje é "gato e cachorro" e não sobraram espaços para as calçadas, para as caminhadas, para as noites nem para as noitadas. Isso sem falar na poluição que, concomitante, serve de aperitivo para o satanás que, junto do cão e do capiroto fazem o inferno que toma conta das nossas ruas... Outro dia satanás se arretou em pleno inferno da Avenida Caxangá: deu PEIDO a vapor, jogou fogo pelas ventas quando viu um carro que desfilava como "presente de Deus"...
Por Carlos Sena
Andar de carro hoje em dia (e em noite) é testar paciência. Pois isso é o que temos feito para não nos estressar além do necessário. Porque há dias em que a gente, crente que conhece bons atalhos pra se livrar dos engarrafamentos, rasga, literalmente a boca. Sai da casa do cão e cai na casa do diabo! E o diabo, como bem sabem os evangélicos radicais pentecostais, não dormem. Seja dia seja noite estão ali, nos cutucando com suas varas. Ora curtas, ora longas, as varas do capiroto se dissipam no trânsito e, não raro a gente pensa que estamos no inferno. Não bastassem os milhares de carros que coalham nossas ruas, chacoalham nossa paciência alguns apressadinhos que querem desafiar a física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Só que os mesmos espaços que o trânsito ocupa também são divididos pela incompetência dos técnicos especializados em urbanismo e trânsito e além. Porque a gente fica exercitando a paciência na medida em que também temos que nos livras dos que jogam papel nas ruas pela janela dos carros; dos que pilotam motos e saem costurando o trânsito a qualquer custo; dos carrinhos de picolés que se entremeiam entre os caros; dos pedintes, dos limpadores de para brisa, das carroças de burro com o burro na frente e o burro-homem atrás; das bicicletas carregando água no bagaceiro, dos triciclos transportando botijão de gás; dos catadores de lixo empurrando um carro de mão, na contramão. Também dos malabaristas nos sinais fazendo da rua circo e nos próprios sinais os guardas fazendo também da rua circo e dos motoristas palhaço.
O inferno do trânsito denota a equivocada política de incentivo a fabricação de carros, quando não existe a fabricação de ruas nem, tampouco, uma política efetiva de transporte público com qualidade. Houve um tempo em que só quem tinha carro era "gato". Hoje é "gato e cachorro" e não sobraram espaços para as calçadas, para as caminhadas, para as noites nem para as noitadas. Isso sem falar na poluição que, concomitante, serve de aperitivo para o satanás que, junto do cão e do capiroto fazem o inferno que toma conta das nossas ruas... Outro dia satanás se arretou em pleno inferno da Avenida Caxangá: deu PEIDO a vapor, jogou fogo pelas ventas quando viu um carro que desfilava como "presente de Deus"...