REMOÇÃO – O EFEITO DE FAZER DESAPARECER...
Se analisarmos os acontecimentos do País, observemos que nada mudou em relação aos direitos humanos. A discriminação e a violência estão presentes mesmo quando se tem a intenção de resolver os problemas sociais.
Somos racistas? Assim parece quando permitimos a prisão de um negro inocente. Somos preconceituosos? Assim parece quando assistimos a remoção de pessoas e achamos uma coisa normal.
Quantas pessoas lutam contra a remoção de suas residências? Quantos lares não existem mais? Ninguém volta ao que não existe mais.
Para atender as olimpíadas e a copa no Brasil, até o ano de 2016, muitas pessoas serão removidas de suas casas. Não importa se a sua residência é humilde, o que importa é que pessoas são felizes nelas.
O filme "Remoção" levou o prêmio de Melhor Filme de longa/média metragem pelo Júri Popular. Ele retrata em documentário o que foi feito com diversos moradores que viviam na zona sul e foram de forma “violenta” removidos para quilômetros de distancia de suas moradias. Muitas famílias perderam seus empregos, crianças perderam suas escolas, amigos, vizinhos, e suas referencias.
As remoções de favelas da Zona Sul na década de 1960 deram origem aos conjuntos habitacionais Vila Aliança (Bangu), Vila Kennedy, Esperança, Cidade de Deus e Cidade Alta. Os conjuntos habitacionais da Zona Oeste foram criados para reassentar os removidos das comunidades de áreas nobres da cidade do Rio. Uma política empreendida pelo governador da época, Carlos Lacerda.
O filme de Luiz Antônio Pilar e Anderson Quack dá voz aos principais personagens desta triste história. Com patrocínio da Petrobras, o longa-metragem conta através de depoimentos o processo de remoção das favelas da Zona Sul nas décadas de 60 e 70 e está sendo exibido em comunidades do Rio de Janeiro, escolas e universidades da rede pública do estado.
O documentário mostra o depoimento de diversas pessoas entre elas: moradores que foram removidos, professores, mestres e doutores que em suas pesquisas se dedicaram ao tema.
Também foram ouvidas autoridades envolvidas no processo de remoção, executores do projeto, como Sandra Cavalcanti, assistente social e secretária no Governo de Lacerda e Giuseppe Badolato, arquiteto que projetou a maioria das moradias dos conjuntos.
Além dos depoimentos o filme mostra imagens das remoções e uma propaganda eleitoral tentando mostrar o quanto as mudanças foram benéficas para os moradores. Como contraponto, apresenta o depoimento de ex-moradores que foram expulsas de suas comunidades e levadas para locais muitas vezes indesejados, sem saneamento básico, sem escolas para seus filhos, sem transporte, entre outros problemas.
Um dos moradores removidos do Morro da Catacumba conta que foi contratado para “guiar” a equipe de assistentes sociais que fazia o levantamento sócio-econômico das famílias, para que fosse feita a distribuição pelos Conjuntos Habitacionais. Perguntado como era esse serviço, ele responde que era tranquilo, "botava um revólver na cintura e acompanhava aquelas meninas, filhinhas de papai, pela favela para fazer entrevistas e levantamento dos moradores".
Na realidade nada mudou, em alguns lugares repetem o processo de remoções compulsórias sem diálogo, da mesma maneira como foi feito há 40, 50 anos atrás.
Há alguma diferença?
https://www.youtube.com/watch?v=Id1ZqT1v0Ds
Se analisarmos os acontecimentos do País, observemos que nada mudou em relação aos direitos humanos. A discriminação e a violência estão presentes mesmo quando se tem a intenção de resolver os problemas sociais.
Somos racistas? Assim parece quando permitimos a prisão de um negro inocente. Somos preconceituosos? Assim parece quando assistimos a remoção de pessoas e achamos uma coisa normal.
Quantas pessoas lutam contra a remoção de suas residências? Quantos lares não existem mais? Ninguém volta ao que não existe mais.
Para atender as olimpíadas e a copa no Brasil, até o ano de 2016, muitas pessoas serão removidas de suas casas. Não importa se a sua residência é humilde, o que importa é que pessoas são felizes nelas.
O filme "Remoção" levou o prêmio de Melhor Filme de longa/média metragem pelo Júri Popular. Ele retrata em documentário o que foi feito com diversos moradores que viviam na zona sul e foram de forma “violenta” removidos para quilômetros de distancia de suas moradias. Muitas famílias perderam seus empregos, crianças perderam suas escolas, amigos, vizinhos, e suas referencias.
As remoções de favelas da Zona Sul na década de 1960 deram origem aos conjuntos habitacionais Vila Aliança (Bangu), Vila Kennedy, Esperança, Cidade de Deus e Cidade Alta. Os conjuntos habitacionais da Zona Oeste foram criados para reassentar os removidos das comunidades de áreas nobres da cidade do Rio. Uma política empreendida pelo governador da época, Carlos Lacerda.
O filme de Luiz Antônio Pilar e Anderson Quack dá voz aos principais personagens desta triste história. Com patrocínio da Petrobras, o longa-metragem conta através de depoimentos o processo de remoção das favelas da Zona Sul nas décadas de 60 e 70 e está sendo exibido em comunidades do Rio de Janeiro, escolas e universidades da rede pública do estado.
O documentário mostra o depoimento de diversas pessoas entre elas: moradores que foram removidos, professores, mestres e doutores que em suas pesquisas se dedicaram ao tema.
Também foram ouvidas autoridades envolvidas no processo de remoção, executores do projeto, como Sandra Cavalcanti, assistente social e secretária no Governo de Lacerda e Giuseppe Badolato, arquiteto que projetou a maioria das moradias dos conjuntos.
Além dos depoimentos o filme mostra imagens das remoções e uma propaganda eleitoral tentando mostrar o quanto as mudanças foram benéficas para os moradores. Como contraponto, apresenta o depoimento de ex-moradores que foram expulsas de suas comunidades e levadas para locais muitas vezes indesejados, sem saneamento básico, sem escolas para seus filhos, sem transporte, entre outros problemas.
Um dos moradores removidos do Morro da Catacumba conta que foi contratado para “guiar” a equipe de assistentes sociais que fazia o levantamento sócio-econômico das famílias, para que fosse feita a distribuição pelos Conjuntos Habitacionais. Perguntado como era esse serviço, ele responde que era tranquilo, "botava um revólver na cintura e acompanhava aquelas meninas, filhinhas de papai, pela favela para fazer entrevistas e levantamento dos moradores".
Na realidade nada mudou, em alguns lugares repetem o processo de remoções compulsórias sem diálogo, da mesma maneira como foi feito há 40, 50 anos atrás.
Há alguma diferença?
https://www.youtube.com/watch?v=Id1ZqT1v0Ds