É PRECISO EVITAR O “QUANTO PIOR, MELHOR”!
* Nadir Silveira Dias
Seguidamente recebo informações dando conta do que dizem de nós, os brasileiros, lá fora. Em especial agora, com a proximidade da Copa do Mundo 2014, aqui no Brasil.
Trato de verificar a procedência e, não raro, junto com assertivas verdadeiras, muitas informações estão erradas, são falsas ou distorcidas.
E quem são os autores dessas notícias? Na verdade, pouco importa a pessoa que as tenha escrito na revista ou jornal onde conste. Importa, sim, considerar que nem sempre as coisas são diferentes lá no país de origem dessas notícias, alarmes ou alardes.
O Brasil não é o melhor país do mundo, sabemos. Eu mesmo tenho escrito sobre as suas diversas mazelas. E suas intensas dificuldades em sanar a chaga de andar menos do que pode e sempre com maiores custos. Mas também não é o pior país do mundo. Muitos até dizem que é o melhor. No demais, são tantos e tantos os países que se encontram loucos para poder ser o Brasil.
Mais ainda importa considerar que as ditas, propaladas e alardeadas democracias, europeias ou do novo mundo, como todas as demais etnias, tem na sua base a atrocidade, a barbárie. Da Lemúria, da Atlântida, ou da velha Mesopotâmia, a origem do homem nunca se despegou da barbárie que é presente ainda hoje nos pequenos atos, grandes ou megaeventos da sociedade atual.
Portanto, quem quer que diga isso ou aquilo precisa ter presente que isso que diz precisa ser verificado quanto a ele mesmo e ao próprio povo a que integre, sob pena de estar sendo apenas meramente falso, malicioso, ou ultrajante.
Aliás, para constatar o que afirmo, apenas ficcione que os brasileiros decidam ir para outro planeta, deixando o Brasil assim mesmo como se encontra, com todas as suas mazelas, erros e mais todas essas outras coisas que dizem de nós. Não tenho dúvida de que muitos países sumiriam do mapa em luta para ocupar, possuir, e manter o Brasil deixado pelos brasileiros. Apenas para ilustrar, o único país do mundo a possuir o precioso nióbio, por exemplo.
Isso, por outro lado, apenas configura que a nós compete fazer por nós o que os outros não têm que fazer. Bem como dizia Dona Aydê Pires: “Cada um cuida de si e Deus cuida de todos”. E compete a nós porque somos nós humanos que precisamos do Planeta Terra para viver. O Planeta não precisa de nós.
Desse modo, é imperioso que haja discernimento para não embarcar-se em mais uma mazela, dessa feita versada e malversada pela rede mundial de computadores.
É preciso cuidado para que não se faça o jogo alheio. É preciso cuidado para evitar o “Quanto pior, melhor”!
14.02.2014 - 13h30min
* Jornalista e Pensador – nadirsdias@yahoo.com.br