Racismo
Para a minha completa isenção sobre o preconceito racial, infelizmente ainda existente em nossa sociedade, apenas reproduzo o que ouvi de um negro famoso, que hoje se enquadra nos chamados “celebridades.” Ele mesmo disse que o preconceito é do próprio negro que, quando alcança uma ascensão social ou econômica, não valoriza a sua raça. Procura uma mulher branca para com ela se casar. Por conseguinte, uma negra a menos no status social.
É facilmente perceptível no meio artístico ou em qualquer área que o negro rico ou famoso quase sempre escolhe uma loira para consorte. Então, tem razão aquele personagem que atribuiu ao próprio negro o preconceito racial.
Há de entender que é uma consequência da própria história, infelizmente com um triste passado, como retrata o grande sociólogo brasileiro, Gilberto Freyre, em seu livro Casa-Grande & Senzala. Não há como negar que os resquícios históricos podem levar o negro à condição de “ir à forra”, graças à sua evolução, chegando ao mesmo nível social de outras raças.
Não esqueço de uma colega de trabalho, dos anos 1970, que, por ser negro, dizia que no dia 13 de maio, em homenagem à Princesa Isabel, atribuía-lhe o próprio feriado, independentemente de ser ou não na instituição em que trabalhava. E dizia enfaticamente: “Hoje eu não trabalho para homem nenhum. Foi graças a ela que hoje sou um funcionário público federal”. E era ele um funcionário íntegro, um homem decente, além de sua comprovada competência profissional. Tinha como consorte uma mulher de sua cor. Deu a ela o mesmo status social, contrariamente ao exemplo mencionado pelo personagem no início do texto.