Luz, câmera, cadeia!
Já deu pra perceber que o Brasil é um país que ataca as consequências e não a raíz dos problemas. Dentre tantos casos, nos deparamos com a morte de mais um cidadão – vítima da impunidade e insegurança – o cinegrafista Santiago, atingido por artefato explosivo. Não é o primeiro e infelizmente nem será o último. Lembram do jornalista Tim Lopes? Isso prova que de lá para cá, pouco foi feito para dar segurança e suporte à impressa, pois é ela quem leva a informação até os lares e livra o telespectador das balas e rojões perdidos.
Com o auge das manifestações, diversas celebridades e figuras políticas exaltavam (e estimulavam) os protestos, alegando ser um grande passo para a democracia brasileira. Sociólogos e pesquisadores diziam que o ‘gigante acordou’ e que era legítimo o direito de sair às ruas reivindicando melhorias. Mas o que muitos não sabiam (ou não se deram conta) é que tudo isso poderia sair do controle, com arruaceiros infiltrados querendo baderna, confusão, destruição e morte.
Não demorou muito para que as milícias esboçassem despreparo e imperícia – diversos manifestantes saíram feridos com balas de borracha – o que despertou ainda mais revolta e aversão a tal categoria. Mas era preciso evitar o caos, pois havia patrimônio sendo destruído, além de vidas em risco. Então foi reforçado o esquema de segurança, com tropas nas ruas e policias de plantão. Contudo, representava apenas uma medida paliativa, pois já não eram mais grupos e sim quadrilhas.
As organizações ganharam ampla adesão e até nome estrangeiro Black Blocs, mas ainda assim houve tolerância, pois não se pode repudiar ‘minorias’. Cansados de ficar em casa, sem fazer nada, por que não depredar prédios, destruir bens públicos? Claro, se pegaram a gente, responderemos em liberdade! É assim que essa gente pensa, pois a vida não tem valor – tanto faz matar ou morrer – e foi assim que vitimaram o cinegrafista – um alvo perfeito para provarem que nesse país faz-se o que quer.
Mais do que criminalizar a homofobia, no Brasil se faz necessário uma reforma constitucional, pois tem gente que ainda não aprendeu a conviver em sociedade e precisa ficar recluso; privado de uma liberdade e libertinagem que sucumbe o direito de ir e vir, cerceia nossa necessidade de trabalhar e ameaça a democracia, que já está fragilizada com um desgoverno moldado em defesa de corruptos e culpados. A cadeia não é a única solução, mas é uma medida compulsória para aqueles que não gostam de viver e mesmo assim insistem em tirar a vida dos outros.