Rolezinho ou Exclusão Social?
Este movimento de articulação social divide opiniões no país, sendo que o rolezinho é divulgado como forma de protesto contra a burguesia e, a discriminação social e racial que nestes locais existem com muita força e poder. Os shoppings são opções de entretenimentos, mas não para todos, pois quando os populares da periferia começam a frequentar estes locais, e a classe média e alta do país fica descontente por ver sua paz, aos seus olhos, ameaçadas, diante disto, passam a criminalizar os movimentos procurando a justiça para expedir liminares para controlar entradas de pessoas com revistas por parte dos seguranças e policiais que dão apoio ao mesmo, enquanto a buscas destes jovens nada mais é do que se divertir, namorar e, porque não? comprar roupas e acessórios de marca.
Assim como junho de 2013, os rolezinhos tendem a ser apoiados por mais pessoas solidárias a estes movimentos, e estes fatos servem para pensarmos o Brasil, para analisarmos as ações políticas do nosso país. As reações e medidas tomadas por lojistas e poder judiciário é uma das maiores demonstrações de que continua o racismo no Brasil. Pessoas que dizem que este movimento é válido em qualquer lugar, na rua, na praia e etc. Vejo que este só faz sentido em shopping, grandes templos capitalistas, o sistema divisor de massas. O rolezinho começa pela internet, nas redes sociais, preferencialmente o facebook, é marcada uma data para ir ao shopping curtir, tirar fotos, assistir filmes e comprar produtos de marca. Mas a elite nacional se move numa tentativa de bloquear a liberdade social e racial, acionando o poder judiciário para tais fins de criminalizar os jovens pobres do nosso país, assim como fazem com os demais movimentos sociais e sindicais.
O que estamos vendo é uma tremenda apresentação da discriminação, porque antigamente pobre ia para o shopping para manobrar veículos, limpar, servir aos membros da burguesia e hoje vão se divertir. Isto esta incomodando a burguesia brasileira que sempre ditou as regras no país. O Estado a se ver no ano eleitoral tem que cuidar, mas não dos que precisam, e sim dos que poderão contribuir financeiramente com suas campanhas milionárias e assim passam a ser o discriminador nesta história, num apartheid social.
O mais importante é nos mantermos informado sobre os acontecimentos e analisarmos os direitos sociais camuflados pela falsa democracia divulgada pelo sistema capitalista, e as imposições feita pela burguesia ofendida, por terem que dividir os seus templos de diversões. E fica um questionamento: onde fica o direito constitucional ao declarar que os cidadãos são iguais perante a lei?