Estilo Michelle Obama

Partindo da primeira dama dos Estados Unidos, para quem o brasileiro bate continência, a moda pode também pegar aqui no Brasil. E os famosos banquetes dos políticos podem reduzir-se aos habituais “breakfasts”, também herdados dos norte-americanos.

Levados pelos recentes casos do Maranhão, considerado o segundo estado mais pobre do Brasil, descobriram uma licitação já aprovada, em que para os eventos públicos havia lagosta e caviar, numa verdadeira sangria ao erário. Enquanto isso, lá no presídio, de onde partia a ação criminosa para as ruas, a comida era mais para porcos do que para seres humanos. Pode estar aí a causa das rebeliões. Dizem que “a injustiça feita ao homem é uma ameaça para a humanidade”.

O efeito Michelle Obama bem que poderia alcançar os palácios, onde a farra com o dinheiro público é estarrecedora. Quando se descobre o gasto com bebidas especiais, os melhores vinhos e whisky, e os pratos mais sofisticados, vê-se o tamanho da corrupção, num país onde falta tudo nos setores essenciais, como educação, saúde e segurança.

Que o efeito Michelle alcance a sociedade em geral, muito perdulária pela sua vaidade, querendo em tudo aparecer, numa desenfreado consumismo.

E o desperdício?

É muito comum nesses Buffett à noite, quando a maioria opta por comidas mais leves, haver uma elevada sobra, em razão dos antecipados petiscos.

A repercussão do recado de Michelle, “comam antes de vir”, pegaria muito mal se partisse de uma pessoa comum, mas, em se tratando de uma primeira dama, e ainda por cima da maior potência do mundo, pode trazer um efeito benéfico para a nossa economia. Afinal de contas, nem só de festas vive o homem.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 14/01/2014
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