PRIMAVERA DE AMOR
PRIMAVERA DE AMOR
Em noite de lua cheia seus olhos brilhavam e os meus tristonhos e vermelhos te fitavam... Algo incomum acontecia e eles ardiam, seria a sua beleza que irradiava amor em forma de energia. Ou eu estava extasiado com sua beleza e acumpliciado com seu perfume renitente que sentia. As estrelas brilhavam no firmamento, sua luz altaneira parecia um astro em tom maior, os pirilampos saltitavam com vigor. Era primavera repleta de flores multicores, onde as borboletas faziam a festa anunciando um novo dia...
Dizem que borboletas não voam a noite, mas essas eram diferentes, pois havia combinação com o meu coração. Um elo gigantesco traçado realçou aquela bela noite onde meu amor pulsava e tornava meu coração rebelde de alegria. A estação do ano era um encanto que surgia depois de um verão calorento, me deixando sedento de amor e, o seu corpo transparecia um jardim repleto de flores. Minha afeição rimava com compaixão, misericórdia, ou ainda inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem e satisfação.
Conquista, desejo, libido, era tudo isso que sentia por ti minha querida, que estava ali a apreciar o esplendor de uma noite maravilhosa. Um amor platônico, um amor ideal, alheios a interesses ou gozos, pois tudo era formoso naquela psicosfera brilhante e radiante. Um amor perfeito aumentava e se tornava ideal, puro e casto. Toda sinonímia de beleza estava retratada, esperada ansiosamente, almejava que ela se aproximasse, para que eu a abraçasse com todo ardor e amor apertando-a de encontro ao meu coração.
Talvez o nosso amor fosse platônico com conhecimento de causa, onde se distinguia pelo amor terreno, do corpo, da alma, celestial ou a mistura de todos, pois o meu desejo era enorme como algo que eu não possuísse. Amores de filósofos, de intelectuais ou mesmo carnais não importava, visto que eu esperava sentir o calor do seu encanto, sem espanto e ironia, formando uma união dos elementos naturais como princípio de relação entre dois seres, que se amam ardorosamente e com certa teimosia.
Não sou platônico, mas o amor para mim tem conceito fundamental, é a aspiração de formas puras e em última instância é a semente do bem. Se o amor fosse pecado eu seria um pecador satisfeito, pois não vejo defeito na ligação entre duas pessoas que se afinam de coração e se deleitam no carinho divinal. Nós diríamos que a vida é bela, a rosa amarela, a alma sutil, eterna e bonita parecendo uma aquarela realçada pelo dom divino do Criador.
Ela nos enche de alegrias e amor, nos espinhos vem à dor e a flor, os acúleos das dores são oferendas, o espinho por mais rude, mais cruel, transforma-se em flores divinas que alucinam, brilham em cada esquina, que se torna bela, pois representa a passarela onde desfila meu grande amor. Uma doce criatura, divina tocada de luz e mel, não existe escarcéu e sim amor puro, decente, alucinante onde a beligerância se afasta e dar lugar as oferendas que ofereço de coração.
As borboletas por encanto e sedução encantam-se, beijam e sugam os néctares das lindas rosas e nos pólens sugam tudo transportando as sementes reprodutoras de um amor, de uma vida nova em encantamento, a luz do Universo para se fortalecer e imantar.
A oferenda bendita das borboletas a outras plantas servem de divindade para transformar em vida nova, os pólens benditos que geram novas vidas.
É a natureza em flor vencendo as amarguras enchendo nossos corações de vida e venturas. Delas tiramos os buquês que tem um destino abençoado, é um presente para um coração em desatino, mas repleto de bondade. De amor e fraternidade sem espinhos da ingratidão, meu amor se multiplica e o viés se torna forte, e o nosso viver não é transfigurado e sim purificado, extasiado, pulsando e em contraponto borbulhando de amor.
Ofereço mil rosas, flores perfumadas a minha amada, que ao recebê-las alegra-se com a imensa passarada que se delicia no tempo bonito e ao cair do sol nos deliciamo-nos e com um beijo descomunal agradecemos a gostosa sensação do amor. Tu és carne da minha carne, sangue do meu sangue, o amor mais puro, sensível, afável, deslumbrante e retumbante que nunca mais esquecerei.
Eros, pragma, philia, storge, sexo são formas e estilos de amor, onde estão presentes com certeza a atração física, a paixão e o amor sexual que de todos é o mais genial. O Eros representa a parte consciente do amor que dedicamos à outra pessoa. É o amor que se liga de forma mais clara à atração física, e frequentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso continuado.
Não espalhafatoso, mas com sensualidade que leva a atração física e depois às relações sexuais. Quem está em Eros esquece a psiquê que representa o sentimento mais espiritual e profundo. Pragma é negócio, Philia altruísmo e generosidade, storge é divindade, amizade, confiança mútua, sexo é o reflexo mais profundo do amor carnal, onde os hispanófonos chamam de bem querer e amor fraternal, em suma amores apaixonados, espirituais, ludus (jogado, amor brincalhão).
Afetuoso, pragmático, Mania (altamente emocional) e ágape amor altruísta e espiritual. Nosso amor se resume em tudo isso, porém meu coração tem sensação auspiciosa, numa vida redimida, visto que o coração cor de rosa bate forte toda a vida, não suporto sofrimento, nem dor, somente alegrias e contentamentos, venturas e fantasias.
O relógio é importante, pois marca o tempo, ele voa sem parar e não existe contratempos e nem hora para amar. Vem meu amor sentir o meu calor, o meu desejo ardente de tê-la perto de mim, seu eu pudesse morria assim, de amor com fervor, mas quero viver eternamente e que esse amor estonteante não se afaste da gente.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.