Desespero, Tempo, Vida, Denuncia, Sentimentos e Duvidas.
Algo não me faz calar, quando se refere a atendimentos em Hospitais em especialmente um grande hospital de São Jose do Rio Preto/SP, onde minha esposa estivera internada por quatro dias 24/09/2013 a 29/09/2013, no sistema particular, onde os atendimentos houve altos e baixos.
Ela apresentava um quadro febril e um pouco anêmico, causado por um linfoma que já havia sido curado com reincidida em outro local. Deixou a desejar os atendimentos na parte de enfermagem, onde 50% das enfermeiras, não tinham a devida atenção com a paciente, as quais apresentavam quadro de cansaço, talvez providas talvez de duplas jornadas, em que em determinado momento ao auferir a febre a mesma disse que não estava com febre e, nós acompanhantes compramos um termômetro, na farmácia da esquina e confirmamos que a febre estava presente.
Outro fator preocupante foi que as mesmas em maioria recusavam ajudar a paciente tomar os devidos banhos e só os fazendo depois de muita insistência. Será por que ao transfundir cinco bolsas de sangue, a paciente amanheceu com a pele e os olhos amarelos? O quadro de saúde dela piora e eu ligando para o medico que a operara há um ano e quatro meses, que por sinal era um domingo 29/9/2013, se encontra em férias com a família em Orlando nos EE.UU, que este atendeu prontamente aconselhando transferi-la para o HC de Barretos/SP, devido já o conhecer melhor o seu caso e ser referencia nacional neste tipo de tratamento, onde a mesma já tratara por mais de 12 meses e havia sido curada na fase primeira. Mesmo o medico de São Jose do Rio Preto/SP, aconselhou essa transferência por que ali se encontrava o prontuário do tratamento anterior. Igualmente, o HC de Barretos/SP, omitiu tratamento emergencial , antes da ida para São Jose do Rio Preto, alegando, super lotação e marcando para data posterior, que não era possível esperar e por isso que houve esta opção .
Ainda voltando ao atendimento de São Jose do Rio Preto, vale lembrar que o atendimento de enfermagem, há exceções, pois têm algumas profissionais que são verdadeiros anjos, tamanha dedicação á profissão e conseqüentemente aos pacientes, conforme também constatamos. Vamos para Barretos e a paciente também exigia e pedia pressa.
Então alugamos uma ambulância, com acompanhamento medico, como determinara o medico assistente daquele hospital. Ás 16 horas chegava à emergência do HC de Barretos. Atendida, o medico plantonista enfatizou que o quadro da paciente era grave, na linguagem medico conforme falou estava muito rebaixado e que iria direto para ao Sistema de Tratamento Intensivo, (UTI) e que permaneceu por extensos e angustiantes quatro dias, onde as visitas limitadas e reuniões com os médicos daquela unidade em reuniões com a família duas vezes por, informando que o estado dela era grave, já decretando a falência antecipada. Nas visitas finais notamos os aparelhos essenciais desligados, a paciente se agoniando e o nosso pedido insistente para que se religassem e fato comprovado por mais familiares que a visitavam.
Achamos e pela nossa formação, não haver desesperança, se apegamos as pequenas linhas de sustentação da Vida e também sabemos que não há doença pequena ou grande para Deus, e que o paciente pode estar em total rebaixamento e podendo voltar e viver.
Os médicos são profissionais com mais tendências a iniciação cientifica, mas deveriam ater mais ao valor psicossomático, já comprovado pela medicina atual consoante aos valores da Fé.
Achei os argumentos deles, havendo algumas exceções, muito duro e desesperançosos. Perante a nossa família. “não há mais jeito”
Por que estavam desligados os aparelhos essenciais? Alguém, um familiar confidenciou numa idéia super materialista e assustadora, que talvez fosse terminar logo a Vida para dar lugar á pessoas mais jovens. Será?
Acompanhei a minha esposa por mais de um ano no HC de Barretos e nesta fase fomos muito bem atendidos, não havendo nada a reclamar, e só havendo uma exceção, que foi um determinado dia, que acompanhava a esposa e também a filha que também fazia tratamento de um Câncer raro, onde deixei a esposa fazendo a quimioterapia, e fui acompanhar a filha, que ia para uma consulta medica de conferencia de resultados quimioterápicos de vários meses, em que no atendimento fiquei abismado com o atendimento do medico, enfatizando para ela, “aqui neste hospital não há mais recursos para lhe atender, o seu caso é raro e difícil, e espero que você encontre um tratamento talvez em São Jose do Rio Preto ou São Paulo”.
A minha filha permaneceu tranqüila, e eu tentando não demonstrar, sai muito desesperado, indo a socorro da esposa, antes havia rebatido insistentemente com o medico suas afirmativas e descrenças. Achei que não podia ser daquele jeito. O total desrespeito á sensibilidade da paciente.
Mais tarde andando pelos alas externas do Hospital, encontrei a filhas deitada em um banco chorando copiosamente.
Serei eu muito exigente? Será que estes atendimentos como expliquei foram corretos?
A minha esposa faleceu no HC de Barretos em 02/10/2013 e a filha faleceu em 19/11/2013, na Beneficência Portuguesa de São Jose do Rio Preto/SP.
Com relação ás minhas indagações e se houve erros ou culpas, há autoridade Maior, para corrigi-las.
Frutal/MG, 01 de janeiro de 2014.
José Pedroso