EVOLUIR E MELHORAR
Mauro Martins Santos
Penso - e venho pensando há muito tempo - no que leva as pessoas a sentirem-se superiores às outras. Serem arrogantes. E às vezes juntamente hipócritas. Nem a psiquiatria como medicina, nem a psicologia, como ciência do campo da saúde comportamental, conseguem explicar. Pois no caso, não está se falando de nenhum distúrbio anatômico-mental, congênito ou adquirido. É aquele que é, porque é!
Conheço médicos ( me lembro de alguns – poucos - mas valem por todos os arrogantes do mundo), prepotentes e mal educados, mesmo diante do fato de intervenção eminente! Meu contato foi de trinta e dois anos com a classe. E, de diversas áreas. Não seriam eles que deveriam saber mais do que ninguém de nossa falibilidade e limitações humanas? Felizmente é uma minoria, dentro de um universo contingente. E enfim, dá-se nesta altura do campeonato, para conhecer pelo menos um espécime em cada profissão, localizando-os no tempo e no espaço.
Seriam as pessoas em geral, talvez por se amarem demais a si próprias – antes, o termo usado sempre foi - narcisismo - hoje cunharam o termo - metrossexual - do qual o maior ícone é o atleta de futebol, o português Cristiano Ronaldo.
O “eu me amo”, esquecendo-se completamente dos outros seria um mal dos tempos ou medo de se doarem, temendo descumprirem o "amai-vos uns aos outros", ou ainda por algo inato ao ser humano, que aflora "nos dragões escondidos" no mais recôndito da alma de cada um? Pode ser também que existam os que se sentem compelidos a isso pela própria convivência social dos que o cercam e deles fazem parte. Ou ainda pior, aqueles que sentem prazer, algo que os faz excretar humores que os satisfazem, em ver seus semelhantes sofrendo, humilhados e ridicularizados, que para eles são extremamente diferentes, diferenciados, inferiores, classificados e massificados dentro de seus critérios de avaliação.
Não estamos falando ainda de criminosos civis ou de guerra. Estamos falando das pessoas de nosso convívio social, daqueles que encontramos diariamente no trabalho, na escola, faculdade, clubes e festas. Estamos falando daqueles que nos chamam de "amigos(as), queridos(as)” em meio às conversas, mas são um poço de hipocrisia. A hipocrisia em parceria com a arrogância: vício moral ou de formação - sem levar em conta falhas psicológicas - são de caráter mesmo - onde a pessoa aparenta uma virtude ou sentimento que não têm. Conforme o ardiloso que capta sua caça semelhante ao gato, que primeiro tortura o rato e depois até despreza-o já moribundo.
É a pessoa fingida, a falsa de sentimentos, que não os têm, mesmo na beatice ou devoção. E, acreditem, ingenuamente levei cinquenta anos, para crer que este tipo de pessoa existisse de fato, que fosse real.
Todos nós temos contato certamente com pelo menos um desses espécimes morais. Notem que não falo em casos patológicos nem criminais, estes são localizáveis, estão à tona, à margem da normalidade, podem ser combatidos com armas e à força. Mas quanto aos nossos personagens camuflados, podia até desconfiar, mas não sabia da intensidade de que são possuidores ao desejarem nos sobrepor, tomar nossos lugares, objetos ou relacionamentos. Tudo para nos ver desconsolados, tristes, derrotados, “para trás” na estrada, enquanto eles prosseguem.
O interessante, após todo esse tempo de observação, é que a maioria dos arrogantes não domina bem sua área de atuação. Incompetentes, sua arrogância de mãos dadas com a petulância provém exatamente de terem que camuflar suas deficiências. Daí não aceitarem sugestões, orientações, não querem se subordinar às normas. Quando alguém, ou outro colega subordinado ou que atua na mesma área faz algo que funciona, dá certo, eles se apossam da ideia ou da obra apresentando-a como se fosse de sua autoria.
Notem aquela pessoa que finge que não o vê, porque você está em um lugar público que ela, hipócrita e arrogante, considera abaixo de sua "classe social”; coisa simples: como um ponto de ônibus, ou no interior de uma loja de liquidação; ele(a) só compra em shopping!!
Para essas pessoas, nada é duradouro, no fundo elas querem que o seja, mas seu caráter não permite. A moda dura pouquíssimo, menos que para a maioria, o namoro, o casamento, suas investidas sociais, empreendimentos, amizades...tudo enfim são como um vapor que se esvai. Sobrevém o choro. Ao invés de se perdoarem e perdoar, mais ainda lhes aguça o ódio aos colegas, "amigos (as namorados (as)..., que lhes escaparam: viram-se livres daquela gaiola sufocante e voam para bem longe reconstruir seus ninho. E só assim venceram etapas, chegando ao objetivo de suas vidas. Libertando-se dessa prisão.
Pensemos bem nisso tudo e veremos não se tratar de um ajuntamento de palavras. Está em nosso cotidiano, com pessoas que conhecemos, ou foram nossos conhecidos. E também no fato de: - Quem somos nós para premiar, castigar ou julgar? Constatar podemos e devemos, até para podermos ajudar sem se lhes tornar vítimas.
Temos é que, fazer bem nosso trabalho, proclamar a verdade ou sua busca e deixar ao Grande Instrutor a forma e o momento de cada revelação pessoal. Esses frutos de uma vida o mais corretamente possível, aplacada pelo espírito divino chegam como as estações.
Chegam sempre, mais cedo ou mais tarde, mais duradouras ou menos intensas, diversas para cada ser humano de acordo com suas circunstâncias.
Não há planura, ou igualdade para que não se abalem as estruturas da própria natureza humana. Há diversidade de estrutura, personalidade e intensidade de perfeição.
"A verdade da mensagem de quem deseja ser justo move-se por si mesma. Nunca pela sofreguidão do homem." (J. J. Benitez - "O Testamento de São João")
"Precisamos aprender a respeitar a individualidade do outro e o espaço alheio, sem omissão ou empenho nas seriedades da vida" (Rosana Braga). Porém dando, inclusive, o lapso de tempo que cada um vai precisar para mudar, evoluir e melhorar sua própria existência.
Mauro Martins Santos
Penso - e venho pensando há muito tempo - no que leva as pessoas a sentirem-se superiores às outras. Serem arrogantes. E às vezes juntamente hipócritas. Nem a psiquiatria como medicina, nem a psicologia, como ciência do campo da saúde comportamental, conseguem explicar. Pois no caso, não está se falando de nenhum distúrbio anatômico-mental, congênito ou adquirido. É aquele que é, porque é!
Conheço médicos ( me lembro de alguns – poucos - mas valem por todos os arrogantes do mundo), prepotentes e mal educados, mesmo diante do fato de intervenção eminente! Meu contato foi de trinta e dois anos com a classe. E, de diversas áreas. Não seriam eles que deveriam saber mais do que ninguém de nossa falibilidade e limitações humanas? Felizmente é uma minoria, dentro de um universo contingente. E enfim, dá-se nesta altura do campeonato, para conhecer pelo menos um espécime em cada profissão, localizando-os no tempo e no espaço.
Seriam as pessoas em geral, talvez por se amarem demais a si próprias – antes, o termo usado sempre foi - narcisismo - hoje cunharam o termo - metrossexual - do qual o maior ícone é o atleta de futebol, o português Cristiano Ronaldo.
O “eu me amo”, esquecendo-se completamente dos outros seria um mal dos tempos ou medo de se doarem, temendo descumprirem o "amai-vos uns aos outros", ou ainda por algo inato ao ser humano, que aflora "nos dragões escondidos" no mais recôndito da alma de cada um? Pode ser também que existam os que se sentem compelidos a isso pela própria convivência social dos que o cercam e deles fazem parte. Ou ainda pior, aqueles que sentem prazer, algo que os faz excretar humores que os satisfazem, em ver seus semelhantes sofrendo, humilhados e ridicularizados, que para eles são extremamente diferentes, diferenciados, inferiores, classificados e massificados dentro de seus critérios de avaliação.
Não estamos falando ainda de criminosos civis ou de guerra. Estamos falando das pessoas de nosso convívio social, daqueles que encontramos diariamente no trabalho, na escola, faculdade, clubes e festas. Estamos falando daqueles que nos chamam de "amigos(as), queridos(as)” em meio às conversas, mas são um poço de hipocrisia. A hipocrisia em parceria com a arrogância: vício moral ou de formação - sem levar em conta falhas psicológicas - são de caráter mesmo - onde a pessoa aparenta uma virtude ou sentimento que não têm. Conforme o ardiloso que capta sua caça semelhante ao gato, que primeiro tortura o rato e depois até despreza-o já moribundo.
É a pessoa fingida, a falsa de sentimentos, que não os têm, mesmo na beatice ou devoção. E, acreditem, ingenuamente levei cinquenta anos, para crer que este tipo de pessoa existisse de fato, que fosse real.
Todos nós temos contato certamente com pelo menos um desses espécimes morais. Notem que não falo em casos patológicos nem criminais, estes são localizáveis, estão à tona, à margem da normalidade, podem ser combatidos com armas e à força. Mas quanto aos nossos personagens camuflados, podia até desconfiar, mas não sabia da intensidade de que são possuidores ao desejarem nos sobrepor, tomar nossos lugares, objetos ou relacionamentos. Tudo para nos ver desconsolados, tristes, derrotados, “para trás” na estrada, enquanto eles prosseguem.
O interessante, após todo esse tempo de observação, é que a maioria dos arrogantes não domina bem sua área de atuação. Incompetentes, sua arrogância de mãos dadas com a petulância provém exatamente de terem que camuflar suas deficiências. Daí não aceitarem sugestões, orientações, não querem se subordinar às normas. Quando alguém, ou outro colega subordinado ou que atua na mesma área faz algo que funciona, dá certo, eles se apossam da ideia ou da obra apresentando-a como se fosse de sua autoria.
Notem aquela pessoa que finge que não o vê, porque você está em um lugar público que ela, hipócrita e arrogante, considera abaixo de sua "classe social”; coisa simples: como um ponto de ônibus, ou no interior de uma loja de liquidação; ele(a) só compra em shopping!!
Para essas pessoas, nada é duradouro, no fundo elas querem que o seja, mas seu caráter não permite. A moda dura pouquíssimo, menos que para a maioria, o namoro, o casamento, suas investidas sociais, empreendimentos, amizades...tudo enfim são como um vapor que se esvai. Sobrevém o choro. Ao invés de se perdoarem e perdoar, mais ainda lhes aguça o ódio aos colegas, "amigos (as namorados (as)..., que lhes escaparam: viram-se livres daquela gaiola sufocante e voam para bem longe reconstruir seus ninho. E só assim venceram etapas, chegando ao objetivo de suas vidas. Libertando-se dessa prisão.
Pensemos bem nisso tudo e veremos não se tratar de um ajuntamento de palavras. Está em nosso cotidiano, com pessoas que conhecemos, ou foram nossos conhecidos. E também no fato de: - Quem somos nós para premiar, castigar ou julgar? Constatar podemos e devemos, até para podermos ajudar sem se lhes tornar vítimas.
Temos é que, fazer bem nosso trabalho, proclamar a verdade ou sua busca e deixar ao Grande Instrutor a forma e o momento de cada revelação pessoal. Esses frutos de uma vida o mais corretamente possível, aplacada pelo espírito divino chegam como as estações.
Chegam sempre, mais cedo ou mais tarde, mais duradouras ou menos intensas, diversas para cada ser humano de acordo com suas circunstâncias.
Não há planura, ou igualdade para que não se abalem as estruturas da própria natureza humana. Há diversidade de estrutura, personalidade e intensidade de perfeição.
"A verdade da mensagem de quem deseja ser justo move-se por si mesma. Nunca pela sofreguidão do homem." (J. J. Benitez - "O Testamento de São João")
"Precisamos aprender a respeitar a individualidade do outro e o espaço alheio, sem omissão ou empenho nas seriedades da vida" (Rosana Braga). Porém dando, inclusive, o lapso de tempo que cada um vai precisar para mudar, evoluir e melhorar sua própria existência.