MISCIGENAÇÃO VIA ESTUPRO
Em nosso País, homens e mulheres indígenas conviviam, pacata e naturalmente, não tanto pelo amor que um devotasse ao outro - até fraternal -, mas, muito mais, pelo cumprimento de preceitos tribais concernentes à reprodução da espécie.
A mulher índia, portanto, se entregava ao seu homem índio por obediência aos costumes do grupo em que conviviam.
A partir do século XVI, o homem branco, europeu, aqui chegou e maliciosamente aliciou nossas índias. Aí, tudo mudou. Dava-lhes bugigangas em troca de “amor”. Em seus primeiros contatos com as indígenas – por certo, mal-cuidadas –, surgiram os primeiros contágios das doenças importadas e malcuradas.
A mulher índia – nesse caso –, ignorando estar em processo de "sifilis-ação", entregou-se ao homem branco, estrangeiro, não por causa de sua cor, musculatura ou formosura, mas por muito menos que isso: por interesse nos bibelôs ou outros objetos (de pouquíssimo valor) oferecidos em troca. Triste introdução à prostituição - um comportamento aprendido.
Uma vez prostituída, ela também se entrega – dessa vez, voluntária e prazerosamente – ao homem negro de origem africana, que nada material lhe dava em troca. Valia, tão somente, a satisfação plena do desejo femíneo.
Dessa entrega gratuita, ou autêntica e fértil relação amorosa, nasceram os cafuzos, filhos de pais não inseridos na sociedade, renegados pelos vigentes interesses escravistas. Por serem filhos gerados por índias e escravos, viravam escravos – ou melhor: viravam mercadoria nova, de custo zero, em mãos dos traficantes negreiros.
Por outro lado, o homem branco aqui instalado se fez dono das terras e dos escravos. Exerceu, ao seu livre arbítrio, pleno direito sobre as coisas e pessoas do seu território. Explorou sexualmente a mulher negra, a seu bel-prazer, de forma animalesca e diferente de como a mulher legítima o aceitava. Considerava tratar-se de mero objeto de sua propriedade. Os filhos (machos) eram instados a também explorarem, sexualmente, a mulher negra, sob o pretexto machista de ganharem experiência no relacionamento com o sexo oposto.
Elas, as negras, com certeza serviam aos seus algozes sob amargo e submisso silêncio, embora o estupro fizesse parte da rotina escravista.
Depois desse entrelaçamento de amor e dor, dizia-se entre os escravos africanos - coisa trazida das regiões onde se situam a Guiné, a Nigéria e a República de Camarões - que
A mulher índia, portanto, se entregava ao seu homem índio por obediência aos costumes do grupo em que conviviam.
A partir do século XVI, o homem branco, europeu, aqui chegou e maliciosamente aliciou nossas índias. Aí, tudo mudou. Dava-lhes bugigangas em troca de “amor”. Em seus primeiros contatos com as indígenas – por certo, mal-cuidadas –, surgiram os primeiros contágios das doenças importadas e malcuradas.
A mulher índia – nesse caso –, ignorando estar em processo de "sifilis-ação", entregou-se ao homem branco, estrangeiro, não por causa de sua cor, musculatura ou formosura, mas por muito menos que isso: por interesse nos bibelôs ou outros objetos (de pouquíssimo valor) oferecidos em troca. Triste introdução à prostituição - um comportamento aprendido.
Uma vez prostituída, ela também se entrega – dessa vez, voluntária e prazerosamente – ao homem negro de origem africana, que nada material lhe dava em troca. Valia, tão somente, a satisfação plena do desejo femíneo.
Dessa entrega gratuita, ou autêntica e fértil relação amorosa, nasceram os cafuzos, filhos de pais não inseridos na sociedade, renegados pelos vigentes interesses escravistas. Por serem filhos gerados por índias e escravos, viravam escravos – ou melhor: viravam mercadoria nova, de custo zero, em mãos dos traficantes negreiros.
Por outro lado, o homem branco aqui instalado se fez dono das terras e dos escravos. Exerceu, ao seu livre arbítrio, pleno direito sobre as coisas e pessoas do seu território. Explorou sexualmente a mulher negra, a seu bel-prazer, de forma animalesca e diferente de como a mulher legítima o aceitava. Considerava tratar-se de mero objeto de sua propriedade. Os filhos (machos) eram instados a também explorarem, sexualmente, a mulher negra, sob o pretexto machista de ganharem experiência no relacionamento com o sexo oposto.
Elas, as negras, com certeza serviam aos seus algozes sob amargo e submisso silêncio, embora o estupro fizesse parte da rotina escravista.
Depois desse entrelaçamento de amor e dor, dizia-se entre os escravos africanos - coisa trazida das regiões onde se situam a Guiné, a Nigéria e a República de Camarões - que
“a cor branca é a cor da morte”.
Cor da mortalha. Cor das velas de cera. Cor das flores que revestiam os féretros – sem falar na intensa palidez dos que partiam. Cor da pele e da alma dos seus bem armados captores.
A fim de despistar a tenebrosa superstição, pouco a pouco difundida - uma injúria, uma reação, uma desclassificação ao indivíduo de cor branca - fez-se urgente, incentivar e aceitar o nosso mestiçamento, embora acontecido de forma indisciplinada. Salvo, é claro, a relação do índio ou do negro com a mulher branca, por muito tempo considerada um crime imperdoável.
Dessa forma de miscigenação, da mistura étnica, das raras entregas voluntárias e dos não raros e tão lastimáveis estupros, resultou a multicolorida pele brasileira, de que nos orgulhamos perante a admiração dos povos doutras nações: uma “democracia” racial.
Pergunto, agora, para terminar:
Sob o ponto de vista histórico, devemos nos ufanar ? . . .
A fim de despistar a tenebrosa superstição, pouco a pouco difundida - uma injúria, uma reação, uma desclassificação ao indivíduo de cor branca - fez-se urgente, incentivar e aceitar o nosso mestiçamento, embora acontecido de forma indisciplinada. Salvo, é claro, a relação do índio ou do negro com a mulher branca, por muito tempo considerada um crime imperdoável.
Dessa forma de miscigenação, da mistura étnica, das raras entregas voluntárias e dos não raros e tão lastimáveis estupros, resultou a multicolorida pele brasileira, de que nos orgulhamos perante a admiração dos povos doutras nações: uma “democracia” racial.
Pergunto, agora, para terminar:
Sob o ponto de vista histórico, devemos nos ufanar ? . . .