Despencando com igualdade
Despencando com igualdade
Através de fóruns na Internet, estamos tendo oportunidades (negadas pela imprensa amordaçada) de propor processos de novas atitudes (debates, cobranças, controles, ações, convites, etc) para exigir novas formas de comando da nação.
Como a rede é uma ferramenta poderosa (rápida e de longo alcance), ficamos surpreendidos com a “demora” em obter os resultados previstos. Isto chega a causar desânimo em muitos valorosos elementos que pensam até em abandonar a causa abraçada. Não é para tanto. Basta lembrar alguns detalhes:
1- Menos de 10% da população tem acesso a estas informações “brutas”. A maior parte toma conhecimento através de jornais que dão um “polimento” e camuflam a verdade que incomoda as elites do poder.
2- Menos de 25% dos que recebem as mensagens, fazem a leitura mas não internalizam a idéias - efetivamente “navegam”. São oriundos de gerações que nos últimos 100 anos acreditaram em falsas promessas. Não aprenderam a contestar o “sistema”. Se acomodaram.
3- Uma parcela prefere a manutenção do caos que proporciona altos lucros aos seus “negócios”.
4- Os verdadeiros patriotas (os que sabem a letra do Hino Nacional de cor) já passaram dos 65 e estão cuidando de netos ou jardins. Adoecidos, já não encontram ânimo para liderar uma cruzada cívica.
5- O grupo entre 25 e 64 anos procura emprego ou trabalha (mesmo na informalidade) com enorme dificuldade para arranjar o mínimo para sustentar a família.
6- A turma entre 16 e 24 anos, batalha pelo vestibular, pelo diploma ou pelo primeiro estágio. Além de ter de harmonizar a vida social e esportiva.
7- Falso combate ás drogas permite que elementos lúcidos tenham suas mentes contaminadas e não consigam encadear o raciocínio lógico.
8- Falso combate á violência urbana para que o clima de terror impeça reuniões de várias cabeças pensantes em locais públicos.
Para não relacionarmos mais uma dezena de obstáculos, resta-nos elogiar a perseverança daqueles que almejam uma real melhora para nossa terra. Que os bons resultados possam chegar ANTES da explosão do caldeirão da pobreza que nos cerca. Se nós acreditamos que estamos a um PASSO do abismo da miséria, os desesperados sem oportunidades têm certeza de que estão a um DEDO do mesmo penhasco.
Acreditam que “igualdade” é despencarmos todos juntos. Já se conformaram com a miséria e desejam que todos a experimentem.
Projeto renove – vote 99 (face)
Haroldo P. Barboza - Vila Isabel / RJ
Autor do livro: Brinque e cresça feliz