O CRESCIMENTO DO ESPAÇO URBANO: SUBÚRBIO X PERIFERIA
Ao estudar-se o desenvolvimento do espaço urbano, percebe-se o quão ampla e complexa é esta área da geografia urbana, é bastante benéfico entender a diferenciação entre subúrbio e periferia, ao passo que estas duas expressões estão longe de terem o mesmo significado, pois o subúrbio e a periferia que muitos consideram regiões onde se aglomeram pessoas de classes mais baixas que vivem muitas vezes em condições precárias, se diferenciam principalmente por suas origens.
O subúrbio nasceu nas cidades norte americanas e europeias, por incrível que pareça, surgiu como opção onde as classes economicamente mais elevadas poderiam ter um pouco mais de qualidade de vida, vivendo do mesmo modo afastados do centro administrativo comercial e podendo usufruir de uma área com ar mais limpo, com lotes para construção de casas mais espaçosas o que também proporcionaria maior lazer para os moradores. Segundo Barbosa (2012):
“Os primeiros subúrbios brasileiros formaram-se em áreas afastadas do centro de São Paulo e Rio de Janeiro, por volta do final do século XIX, integradas ao centro pelas vias férreas. Tratava-se de áreas de residência de operários, onde “[...] os lotes eram grandes, as casas tinham espaço para um grande quintal, configurando um remanescente rural que permanecia no urbano: fruteiras, galinheiros, muitas flores e certo suave perfume suburbano.” (BARBOSA p.49 apud MARTINS, 2001, p. 78).”
Infelizmente no Brasil que tem muitos valores invertidos, o subúrbio é quase que sempre confundido com a periferia, mas a partir do momento que se adquire um pouco mais de conhecimento sobre o assunto, fica claro que a periferia está cada vez mais inserida nas proximidades do complexo urbano, onde os grandes residências se encontram em contraste com as famosas “favelas”, aglomerados de pessoas vivendo em péssimas condições de vida, de forma verdadeiramente precária.
“A periferia resulta da especulação imobiliária ocorrida na borda imediata da cidade, sendo contigua ao restante da cidade ou mesmo localizada no interior do tecido urbano. A periferia possui “[...] ruas estreitas, falta de praças, terrenos minúsculos, casas ocupando na precariedade de seus cômodos todo o reduzido espaço disponível para a construção, falta de plantas, muita sujeira e fedor.” (BARBOSA apud MARTINS, 2001, p. 78).”
Esta é uma realidade que não está muita distante do nosso entorno social, inclusive as cidades de pequeno porte. Atualmente ocorre o problema de crescimento desordenado da zona urbana, o que se torna um problema social grave, sendo que não existe nenhum tipo de planejamento para novos loteamentos, a cidade cresce para todos os “lados” sem limites, e faltam projetos de ruas e bairros organizados, a principal consequência desses atos quem sofre é a população principalmente a mais humilde, pois a partir do momento que a zona urbana de um município começa a crescer de maneira desordenada e sem controle fica quase que impossível realizar uma assistência correta a esta população, como saneamento básico, rede de água e elétrica, e etc.
Em suma, é importante saber analisar esses tipos de problemas em uma cidade, pois a partir dessas identificações se torna mais fácil aparecer soluções para que esses problemas sejam solucionados, visto que uma cidade que cresce a partir de um planejamento coeso e eficaz, todos tendem a ganhar, principalmente a própria cidade. Por isto o atual Governo Municipal se esmera constantemente em formular e concretizar atos através das diversas conferências municipais, visando benefícios reais sobre problemas do gênero para sua população.
Referencias:
BARBOSA, Adauto Gomes. Geografia Urbana. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE e Universidade Aberta do Brasil – UAB. Recife: IFPE – UAB, 2012. Págs. 41 – 62.
Fronteira Urbana, Condomínios Horizontais. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=uBYFN7LU3eQ Acessado em 12/08/2013.