JESUS ALÉM DA RELIGIÃO

Há mais de 2.000 anos, um espírito dotado de uma inteligência magnífica, profunda sabedoria, e grande elevação moral, veio encarnar no, então primitivo orbe terrestre, com a missão de servir de modelo e guia para a humanidade.

Filho de um carpinteiro trabalhador e severo, e de uma dona de casa bondosa e submissa, como eram quase todas as mulheres daquele tempo, o excelso espírito ficaria conhecido como Jesus de Nazaré _ cidade de sua mãe.

O Mestre dos mestres veio conviver no seio de um pequeno povo que habitava a estreita faixa de terras conhecida como Palestina, monoteísta, cioso de suas tradições e orgulhoso de seus patriarcas e heróis nacionais. Tal medida fora possivelmente adotada a fim de facilitar a tarefa do Mestre, pois se ele tivesse nascido entre os povos politeístas, como os gregos ou romanos, teria que pregar primeiramente a ideia do Deus único, antes de lançar as sementes de sua doutrina, perdendo dessa forma um tempo precioso.

Na maior parte de sua vida, Jesus ensinou entre os humildes e rudes pescadores e camponeses galileus, não tendo fundado nenhuma seita ou religião.

Aos olhos do mundo cristão, Jesus era adepto da castidade, outros estudiosos, porém, afirmam que ele teria se casado com Miriam, (Maria) mulher bela, da cidade de Magdala, a quem o Mestre teria feito sair sete demônios, (Marcos 16:9 e Lucas 8:2) e que depois passou a integrar o conjunto de seus discípulos. Note-se aqui que: a palavra “demônios”, usada pelos evangelistas, possui o mesmo significado de espíritos obsessores.

Casado ou não, o importante é que o Mestre cumpriu com êxito sua dura, mas gloriosa missão. A título de esclarecimento: Jesus nunca se intitulou o Filho Único de Deus, pelo contrário, sempre afirmou que somos todos filhos do mesmo Pai, justo e misericordioso. Ou seja, Jesus é tão filho de Deus quanto você e eu, a diferença é que ele, por ter consciência disso, sentia-se totalmente integrado ao Pai.

A pretensa origem divina de Jesus foi uma hipótese levantada, defendida e posteriormente aceita, (não sem protestos por parte de alguns) pelos bispos e os déspotas imperadores romanos, dentre os quais merecem destaque Constantino, o primeiro a adotar o Cristo como estandarte de guerra, e Justiniano, que adorava impor sua vontade nas questões de fé e da Igreja.

Hoje, graças ao trabalho de alguns médiuns abnegados e valorosos irmãos que estão vivendo na pátria espiritual, sabemos que, retirado o véu das alegorias e figuras religiosas fantásticas: aquele a quem chamamos pelo nome de Jesus ou Cristo, é na verdade o governador espiritual da Terra, empenhado no momento, juntamente com um imenso contingente de trabalhadores encarnados e desencarnados, em promover o globo à condição de mundo regenerador. Maria, aquela que outrora recebera com amor em lar humilde nosso governador, também, segundo informes da Espiritualidade, tem sido um espírito atuante nesse mister de regeneração do planeta.

Já passou da hora de começarmos a compreender que nós, os humanos terráqueos, não somos os senhores do Universo e nem mesmo da nossa pequenina Terra, para fazermos o que bem quisermos. Existem inteligências superiores que presidem o destino dos mundos e das galáxias, respeitando, dentro de certos limites, o livre-arbítrio e a evolução dos povos. Igualmente, temos que considerar nossos sistemas religiosos como sendo expressões culturais necessárias, sem que, no entanto, representem verdades absolutas.

Não obstante minhas limitações físicas e morais, conte comigo para labutar na tua seara, Mestre!