A Justiça Dos Chicaneiros Fez Harakiry Em Plenário Do Supremo (O Decano Dos Réus)

O ministro Celso de Mello referendou a chicana dos outros cinco ministros do STF que haviam votado politicamente contra a própria decisão do plenário do Supremo. Decisão essa que havia transitado em julgado.

Sentença transitada em julgado é uma decisão judicial à qual não cabe mais recurso. Significa que a decisão judicial percorreu todos os graus de jurisdição possíveis e, em decorrência desse trânsito judicial, os réus não poderão ser julgados outra vez.

Os réus do mensalão haviam sido julgados e a sentença transitada em julgado pelo próprio plenário do Supremo Tribunal Federal. Uma vez transitada em julgado não haverá mais recurso possível. O réu, ou réus, não poderão mais recorrer. A aceitação dos embargos infringentes é uma chicana jurídica. Visa mostrar que aquelas excelências podem fazer e desfazer justiça como se os códigos jurídicos de nada valessem.

Quando o chicaneiro mor do STF, ministro do Supremo Ricardo Lewandówsky, aceitou o recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues, o presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa acusou Lewandówsky de fazer chicana. Ou seja, de fazer manobra para difilcultar o andamento do processo.

O ministro Lewandówsky reagiu à argumentação do Ministro Presidente do Supremo dizendo que não estava fazendo chicana... “Eu não admito isso... Vossa excelência preside uma casa de tradição multicentenária”.

—E que vossa excelência não respeita, replicou o Ministro Joaquim Barbosa.

Lewandówsky, assim como os outros cinco chicaneiros não fazem parte do STF para respeitá-lo. Muito pelo contrário. Eles fazem parte do Supremo para envergonhá-lo. Não apenas em plenário, mas perante o conceito popular de Justiça do país inteiro.

Ao aceitar os “embargos infringentes” a meia dúzia de ministros chicaneiros fizeram nada mais do que política de cabresto. O Supremo continua encabrestado aos interesses políticos de condenados com sentenças transitadas em julgado. O que envergonha sobremaneira qualquer brasileiro com noção mínima de cidadania. E de Justiça.

Quando o ministro chicaneiro Celso de Mello ocupou a tribuna no plenário do Supremo para vomitar verborragia jurídica e envergonhar um país diante dele mesmo e do mundo que acompanhava a justiça até então sendo feita contra criminosos mensaleiros, ele estava apenas aproveitando a oportunidade para, como um Narciso deslumbrado com a possibilidade de aparecer na TV com uma erudição de acadêmico querendo dizer: “olha como eu sei argumentar direito”.

— “Olha como eu sou proficiente em argumentação chicaneira”. O ministro Celso de Mello não fez outra coisa durante 125 minutos. Senão justificar politicamente, com seu voto, uma justiça para inglês ver. Uma justiça escravizada pelo tráfico de influências. Fazer justiça nesse país com leis para inocentar criminosos de todos os naipes e ainda posar de modelo de “sabedoria” jurídica.

O país precisa de leis que não beneficiem criminosos com sentenças transitadas em julgado pelo próprio Supremo Tribunal Federal. Um Tratado de Abolição do Tráfico de Influências. Influências políticas na jurisprudência de supremos tribunais. A justiça no Brasil é um filme de terror. Com monstruosidades tipo esses seis chicaneiros que votaram em favor de criminosos políticos com sentenças transitadas em julgado.

Nunca é demais repetir: esses seis ministros chicaneiros estavam e estão a serviço de criminosos políticos de alta periculosidade com sentenças transitadas em julgado pelo próprio Supremo Tribunal Federal.

Justiça no Brasil é esse filme de terror. O ministro Lewandówsky parece uma personagem de Edgar Allan Poe saída de um esquife e transitando como um fantasma decadente nas dependências do STF, fazendo o jogo político de quadrilheiros simulando estar a serviço das leis e da justiça.

A população de brasileiros sem vez, nem voz nem cidadania ainda precisa manter uma infinita paciência para não ter de se reunir e depredar as matrizes do mal, representadas pelas dependências das instituições ditas jurídicas do STF. Esses mesmos brasileiros aos quais as autoridades negam dignidade e cidadania se, depois de meio milênio de bandidagem institucional, resolvem depredar o patrimônio dessas instituições ditas jurídicas, ainda seriam considerados vândalos.

Não há saída para esses brasileiros aos quais as autoridades negam cidadania. Exceto a marginalidade, a prostituição e o tráfico. Tudo começa com famílias que aceitam as migalhas de planos ditos de distribuição de renda e educacionais que visam tão somente a compra de votos e de simpatia popular por um ex-presidente Analfabeto que se curvou e beijou a mão de políticos corruptos de todos os naipes na intençaão de perpetrar suas influências partidárias na Praça dos Três Poderes de Romão Sarney.

Essas excelências de filmes de terror do Judiciário vivem de braços dados com esses políticos criminosos com sentenças transitadas em julgado, erguendo brindes em coquetéis e eventos sociais nos quais confraternizam as futuras chicanas que livrarão a cara risonha desses aliados da corrupção no âmbito social dos Três Podres Poderes.

O Brasil vive e convive diariamente com esse horror institucional sem que os eleitores sem cidadania possam fazer outra coisa, senão o papel de palhaços em suas manifestações de rua contra a impunidade dessas autoridades que vão legislar em proveito próprio e julgar seus amigos íntimos criminosos com sentenças transitadas em julgado, e ainda assim, conseguem, via chicanas jurídicas, livrar a cara deles das sentenças às quais foram condenados.

Não se pode acreditar em instituições jurídicas com ministros do STF que acatam “embargos infringentes” a serviço de criminosos com sentenças transitadas em julgado.

Justiça miserável para um país de miseráveis. Os Miseráveis de Victor Hugo continuam a perambular inutilmente em busca de atitudes dignas de seres humanos. Atitudes que jamais serão viabilizadas por criminosos de toga a serviço de seus pares, os políticos.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 19/09/2013
Reeditado em 20/02/2014
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