LIXO JURÍDICO
LIXO JURÍDICO
O De Cano deu de cano na esperança e na sede de justiça dos brasileiros e brasileiras que ainda não se acostumaram às baboseiras dos rábulas de alto coturno que tentam eternizar a impunidade já generalizada no país. A tal ´sabedoria jurídica´ deles vai buscar fundo o lixo de parágrafos e artigos de leis caducas que ainda vêm do Império para o benefício de ´delinquentes´ e ´bandoleiros de estrada´ que infestam os altos escalões da política, do judiciário, e do executivo. Seria exaustivo enumerar todos os casos mais recentes que ainda estão frescos nas memórias dos cidadãos e cidadãos decentes desta República. Não há dia nem hora para surgirem novos casos escabrosos que se entulham nos tribunais comuns e superiores sem que os magistrados tomem a iniciativa de abrir os processos, a não ser que sejam ´provocados´.
Eles, os magistrados, são também cidadãos que poderiam ´provocar´o legislativo para enxugar e expurgar as excrescências do Código Penal que ainda está vigente desde a década de 1940. Parece que eles não enxergam que vivemos numa sociedade tecnológica que exige soluções imbuídas de bom senso e não de longos discursos sobres leis, provavelmente casuísticas, que não se coadunam mais com o pragmatismo atual.
É nesse sentido que o Ministério da Educação deveria também expurgar muitos cursos de direito que são ofertados àqueles que almejam ser ´doutores´, pois a maioria é de cursos feitos em faculdades de fim-de-semana de péssima qualidade. Não estou exagerando, pois é só ver o alto índice de reprovação nos exames exigidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
E assim o resultado do exaustivo julgamento dos ´mensaleiros´ veio mais uma fez frustrar estatisticamente a maioria da sociedade brasileira, e também confirmar que os artigos das nossas leis são aplicados aos menos afortunados, e os parágrafos são para os ´delinquentes´ e ´bandoleiros de estrada´.