E quem disse que não somos emoção?

Existem coisas na vida que marcam de verdade e, mesmo que o tempo passe vai continuar vívido nas lembranças. Esses fatos que nos marcam servem para nos ensinar que a vida é feita de momentos, oportunidades e lembranças... E é curioso perceber que nosso lado emocional cria sonhos, idealiza momentos, passa a sentir algo com muita intensidade, da mesma forma que sente com grande intensidade alguma decepção. E por mais que nos digam que não vale a pena ficarmos tristes, pensativos, sentidos com este fato, é de nossa natureza que nosso emocional tenha alterações significativas. Então passamos a afirmar que não vamos mais nos apaixonar, por exemplo, mas é quase impossível, afinal, estamos sempre em busca de alguém que atinja nossas expectativas. Depositamos nessa pessoa, uma confiança, esperamos que ela seja exatamente como pensamos, e talvez ela tenha alguns traços daquilo que você pensou, mas as relações interpessoais fazem com que esses indivíduos criem, ou melhor, aprendam a conviver com cada pessoa conforme as experiências adquiridas ao longo de determinado tempo.

É possível perceber que as pessoas agem com tanto interesse, interesse no sentido de que há uma expectativa em cima daquilo que ela mesma fantasiou que se esquece de desvendar os olhos do coração e aceitar as pessoas como elas são, afinal, o que importa nos relacionamentos é aceitar e conviver com as diferenças dos outros, e não esperar algo em troca, como vem acontecendo ao longo de anos e anos que foram (infelizmente, mau) vividos por algumas pessoas, na sua grande maioria...

As pessoas se acostumaram a viver no “tudo ou nada” e esquecem que pode existir um “meio termo” nessas situações. Tudo é questão de interpretação. Numa situação, por exemplo, aonde um casal que não vai bem, como casal, mas que se mantem um companheirismo, uma amizade, uma relação geral boa, na maioria das vezes, são levados ao extremo, a meu ver sem necessidade. Seria, em caso de aceitação dos dois, cabível que os dois mantivessem uma relação sim, mas de amizade, diferindo única e exclusivamente no que diz respeito à relação amorosa. Seria mais fácil assim do que esse mesmo casal, tomando o rumo mais comum, parasse de se falar, se ofendessem com palavras, ferindo ainda mais o seu emocional, além de desfazer os sonhos e expectativas criadas durante o tempo em que estiveram juntos.

Mas é fácil entender o porquê isso acontece. Infelizmente, desde o princípio dos tempos que as relações interpessoais são dessa forma: Um indivíduo sempre tentando dominar o outro, sempre tentando fazer com que a sua opinião prevaleça onipotente e suprema. Mesmo que seja na relação de homem-mulher. Até quando vamos lições da vida para aprendermos que cada pessoa tem uma maneira de pensar, atuar, viver e amar?

Eduardo Costa (Apresentador)
Enviado por Eduardo Costa (Apresentador) em 18/08/2013
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