As manifestações ocorridas no país nestes últimos meses de 2013, sabe-se, foram fruto da insatisfação coletiva dos cidadãos brasileiros em relação à má Administração Pública, sustentada por partidos políticos pessimamente estruturados, de estatutos e regimentos quase que clonados, uns dos outros, falhos e ultrapassados; e também pelo cansaço social pelo qual estamos passando.
Assuntos como a maioridade penal, pena de morte e aborto; todos discutidos sem qualquer consciência ou seriedade, como se estivéssemos vivendo em um país de leis sérias, bem como suas aplicações, como se fosse normal um garoto de 14 ou 16 anos tirar a vida de alguém em troca de um simples celular, como se fosse normal manter com o nosso dinheiro um pedófilo preso e supostamente em tratamento, que sabemos falho e ineficaz, para anos mais tarde, este indivíduo colocar um bíblia embaixo do braço e dizer que “aceitou Jesus no coração” para aproveitar o relaxamento da pena ou as famosas saidinhas de feriados.
Ora, se queremos uma cadeira na comissão de segurança da ONU, se queremos ostentar o título de economia emergente no mundo, se o Cara, assim como Obama disse, “mora aqui”, precisamos entender que ações provincianas e resistentes que resvalam na modificação do pensamento social em relação aos temas citados precisam ser modificadas.
Se o Estado é laico, não deve ser influenciado por questões religiosas; se é sério, deve ignorar a opinião de juristas apenas interessados no benefício próprio, de olho nas grades do sistema carcerário do que na reforma social (que não é presa, portanto, não dá dinheiro); se pretende cuidar do povo, precisa ser uma administração transparente. Tão fácil foi reduzir as tarifas como aumentá-las, fácil também foi vetar a PEC-37; a força do povo de mostrou.
O Brasil precisa de mudanças, mas uma coisa me chamou atenção durante as manifestações ocorridas em todo o país. Qual a verdadeira ideologia utilizada durante as marchas e passeatas? Qual o valor do civismo ou do patriotismo se os próprios manifestantes, ao contrário de outros países, ignoraram os vândalos ao invés de entregá-los à polícia perdendo assim a oportunidade de moralizar o brilho das manifestações. Porque não marchar então contra pichadores? Contra o crime organizado, tão combatido por essa mesma polícia crucificada? Contra evangélicos que pedem a Cura Gay? Contra uma sociedade imunda que insiste em não reciclar, em fazer dos córregos uma verdadeira loja de eletrodomésticos jogando neles sofás e geladeiras?
Porque não se manifestar contra a falta de controle de natalidade?
Qual o significado do Ser, este cidadão brasileiro, após ganhar e ganhar espaço? Outras reivindicações virão; mas quais serão essas? Sabe-se que sem formação ideológica, fato social para a grande maioria do povo brasileiro, podemos verdadeiramente “viajar na maionese” e perder a grande oportunidade de mudanças e reformas para país.
Vamos deixar passar? Perder o tempo exigindo que times grande não caiam para a segunda divisão (também foi alvo de reivindicações)!
Bom, fico por aqui...Ah, em 2014, vou ficar em casa no dia da eleição. Fazer um churrasco e tomar uma cerveja. Depois, arco com ônus da multa. Mas, e você, que adora uma fila, um congestionamento.
O que vai fazer para mudar o Brasil?
O Guardião
Enviado por O Guardião em 01/07/2013
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