Sejamos honestos conosco

Se “um de nós” já furtou um saleiro da mesa de restaurante, levou na mala uma toalha bonitinha do hotel em que ficou hospedado, embolsou um chocolate no Carrefour e não pagou por ele, fez um “gato” na rede da Net para não pagar assinatura e ter sinal de graça, se já fraudou um seguro de automóvel, ou mesmo de saúde, emprestando a carteirinha para passarem em consultas no seu nome, se comprou cds e softwares piratas, saiu da balada sem pagar, estacionou o veículo na porta de garagem, em vaga de deficiente, furou a fila do banco e ficou rindo dos trouxas, pagou o fiscal para “aliviar” uma multa, subornou o guarda rodoviário, comprou drogas ilícitas (veja bem, não se trata de cd do Roberto Carlos – agora me matam!) possui um revolver em casa sem registro – às vezes embaixo do banco do veículo -, saiu dirigindo à noite com 10 caipirinhas na cabeça, pagou o despachante para tirar os pontos da carteira de habilitação... Bem, a lista não termina nunca e a parte dolorosa vem agora: Como este “um de nós” pode reclamar contra os políticos que são o espelho do povo, eleito por este mesmo povo? Temos que avisar a este “um de nós” do qual me incluo, que devemos reclamar sempre, mas que também devemos aproveitar para rever nossas condutas como cidadãos para que nosso protesto seja mais verdadeiro e eficaz. É um excelente momento para promovermos estas mudanças; externas e internas. Reforma política já! - mas também reforma íntima. A palavra da vez atende pelo nome de Honestidade.