Mantendo a luz acesa
Mantendo a luz acesa.
Não importa qual partido “da vez” está no comando de cada esfera. TODOS estão mancomunados em torno da melhor forma de adquirir dinheiro fácil e poder para camuflar os “esquemas” danosos à sociedade.
Durante os últimos 30 anos nossa geração se “desligou” dos problemas sociais sem perceber que o aumento exponencial da miséria um dia iria nos estrangular chegando às nossas soleiras.
Qualquer um de nós reside a menos de 500 metros de uma comunidade ultra carente (de tudo). Celeiro ideal para aumentar a legião de jovens sem oportunidades de estudar e progredir. Facilmente atraídos pelo crime (mais organizado que qualquer entidade burocrática que nos “atende” - ?) que conhece as brechas das leis para agirem impunemente.
Enquanto nós nos distraímos em frente à TV vendo o Big Besta (bosta) Brasil e nossos herdeiros foram largados à deriva durante horas segurando um game (babá?) onde a cada clicada vários bonecos “morrem”. É a apologia da violência sendo propagada dentro dos lares.
Quando estes jovens chegam às ruas, já enjoados de “matar” bonecos, resolvem queimar índio Pataxó, prostitutas (que alguns até já usaram), gays e mendigos. Promovem brigas nos estádios de futebol e boates. E quebram lojas só para ouvir o som de vidros estilhaçados.
Tornam-se fregueses das drogas vendidas pelos marginas das comunidades carentes ajudando-os a comprar novos armamentos a serem usados contra nós. Marginais estes que foram pulverizados nas cidades vizinhas apenas para limpar o perímetro por onde as delegações esportivas, jornalistas e turistas se moverão durante os eventos esportivos.
Eles retornarão (saíram mesmo?) para seus antigos “escritórios” tão logo terminem as olim...piadas de 2016.
O medo de sair às ruas nos priva de cinemas, jantares, festas ou mesmo sentar na praça para debater as necessidades de nosso bairro. Cada um entocado dentro de suas casas sem saber exatamente onde (arquitetando o que com quem?) seus herdeiros estão. Sem a certeza de que voltarão vivos para o beijo antes de dormirem.
E os pilantras do poder, sabendo que não havia (e não há) vigilância por parte dos eleitores (que sempre esqueceram para quem deram seu voto), sugaram os bilhões que agora faltam nas áreas carentes. Sabem que não serão penalizados pois escrevem as “leis” com as devidas brechas para escapulirem e concorrerem a novos cargos. E conseguem.
Será que um vírus (do bem) foi injetado nesta nova geração? Repentinamente os jovens descobriram que podem exigir trabalho e transparência de seus representantes? Tomara.
Só resta definir uma pauta unificada para evitar a pulverização que fatalmente pode sufocar este belo movimento que agora nos dá uma leve esperança de sair deste buraco (o túnel desabou faz tempo) com uma fraca luz oriunda de uma tosca vela abaixo da metade.
Quando ela se apagar, viraremos o “Braití”.
Cheio de “legados” de concreto chamados de arenas. Abrigando a média de 4.000 pagantes por partida.
Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ