Protesto sem Vandalismo
Se o protesto é civilizado, democrático, respeitando o direito do próximo, palmas para ele. Mas, se foge às normas de civilidade, desrespeitando o outro, não há como aceitá-lo. Aí vem a polícia, que recebe ordens para reprimi-lo e vêm as culpas pelo rigor, pelo excesso etc. e tal. Ninguém que está de fora pode avaliar o controle emocional de quem está diante do fogo cruzado. É preciso entender o que significa causa e efeito. Eles não foram lá para receber flores e confetes. As imagens mostram que a reação já é fruto de uma ação de indisciplina. A polícia quando vai lá não é por iniciativa própria, vai em obediência ao comando superior. Se, ao invés de atirar-lhe pedras, empunhassem a Bandeia Nacional ou cantassem o Hino Nacional, com certeza ela não reagiria de forma violenta, pois a disciplina militar consiste no respeito à lei. Por acaso, o quebra-quebra dos protestos está dentro da lei?
Respeito é bom e é preciso entender quem age em nome de lei. Difícil o ser humano, dotado de sentimentos, de emoções, atirar flores em que lhe atira pedras. Ninguém desconhece que a toda ação corresponde uma reação. Se a ação já foi danosa, como esperar uma reação de anjo?
Não vamos aqui apelar para a lei de Talião, mas a própria Bíblia já diz que “quem com ferro fere com o mesmo será ferido”.
Protestar sim, causar vandalismo não.