Cuidado ao expor sua intimidade
Com o advento das redes sociais, cada vez mais as pessoas têm exposto sua rotina e compartilhado cada momento, seja através de pensamentos, fotos ou vídeos. Os telefones celulares possibilitam interação em tempo real. Todos podem dividir suas experiências em qualquer lugar que estejam. Revelar detalhes tão pessoais alimentam o ego, mas podem se tornar um pesadelo nas mãos daqueles que querem denegrir sua imagem.
É de praxe, principalmente os mais jovens, exibirem seus momentos de felicidade, postando frases, fotos, de modo que seu círculo de amigos possa visualizar sua atividade e opinar à respeito. Essa ânsia por dividir com os outros seu dia-a-dia tem se tornado um hábito corriqueiro e ganha prestígio na medida que necessita ser visto para ser lembrado.
Faz parte das necessidades humanas o desejo de sentir-se bem, mostrar o quão somos “antenados” com tudo que está acontecendo. E cada momento, é motivo para registro. Logo, fotografamos os lugares pelos quais passamos, além de fazer comentários sobre essa experiência. E aí que pode nascer o transtorno fotográfico compulsivo. Uma motivação exagerada de registrar cada instante, sem finalidade aparente, apenas para “passar em branco”.
O problema não está exatamente em tirar foto constantemente, mas no uso que fazemos dela. Se não quisermos que ela vá parar em lugares indevidos, não tire-a ou não coloque-a onde possa ser copiada e compartilhada. Existem sim crimes na internet, mas devemos assumir nossa parcela de culpa quando arquivos fotográficos ou audiovisuais caem em mãos erradas.
Em suma, é necessária devida atenção no que tange à nossos arquivos pessoais, pois uma vez expostos nas redes sociais, eles ficam vulneráveis à cópias e consequente divulgação. A constituição prevê pena para crimes cibernéticos, mas se não quiser passar por constrangimentos, evite expor demais sua intimidade.