"LIQUIDEZ"
“A vida líquida é uma vida precária,
vivida em condições de incerteza
constante.”
(Zygmunt Bauman)
Por vezes nos encontramos frente à metáfora “liquidez” de Bauman. É que o mundo vasto mundo anda adoecido. E isto nos leva a refletir o significado de “ser” no mundo onde as relações humanas, a cada passo, são mais competitivas, e os afetos fugazes, quase não existe.
Junto à mecanização do homem em seus afazeres se vai a liberdade criativa, e a beleza, o tempero eterno do tempo, é tangida para o abismo da inexistência.
Diante a esse modelo de vida pós-moderna, destacado pelo sociólogo polonês, as pessoas não são mais apropriadas de si mesmas, vivem à mercês das circunstâncias, do trabalho e da vaga busca de prazeres momentâneos. E são como animais enjaulados em seu próprio habitat, com medo de sua própria sombra.
Triste ver cenas horrendas, como a de uma criança esmagada por carros sem que apenas um infeliz pare o veículo e preste socorro... É que ali, os automóveis são dirigidos por aparentes seres que perderam a “anima” e são agora robóticos... Seguem o percurso artificial da “coisa” que acredita vida.
Mas será que não há nada a fazer para mudar o rumo precário que tomou a sociedade pós-moderna? É uma questão que só mesmo o tempo responderá. E pelo jeito, é para este fim que se segue a “sociedade líquida”: o fim da existência do ser como pessoa humana.