PROPAGANDA GOVERNAMENTAL


“A propaganda é a alma do negócio” já diz a máxima do meio empresarial e mormente do meio publicitário. E eu acredito piamente nisso.

Li, que certa vez, que o presidente da Coca-cola estava viajando em seu jatinho, atravessando o oceano, da Europa para a America do Sul. Viagem longa, tranquila e o Presidente se deu ao luxo de um bate-papo informal com piloto.

Então, entre outros papos, o Piloto perguntou ao presidente do porque de gastar tanto dinheiro com propaganda. Que assistia propaganda da Coca-cola em todos os lugares, em todos os veículos, em todos os continentes, o tempo todo. Perguntou se não poderia ficar pelo menos um dia sem propaganda e usar o dinheiro – que não era pouco - para investir mais nas indústrias, produzir mais.

Então o Presidente lhe respondeu perguntando: Se você desligar todos os motores desse jato por alguns poucos minutos, o que acontecerá? Bom... daí não mais conseguirei recuperar a queda e nos espatifaremos no mar, respondeu o piloto. Então, disse o presidente, se pararmos de fazer publicidade um dia sequer, não seguraremos mais nossa marca.

Dizem também, que Henry Ford, o homem que criou a linha de montagem, quando indagado sobre a hipótese de perder tudo que tinha e ter que começar tudo de novo, em que ele iria investir, respondeu que se lhe restava um dólar sequer, ele não sabia ainda em que negócio iria investir, pois, seria uma análise do momento, mas tinha certeza que pelo menos a metade desse dólar iria gastar com propaganda daquilo que viesse a fazer.

Dito isso, para justificar o que penso sobre o tamanho da importância da propaganda, tenho uma dúvida sobre a propaganda governamental - obre o quanto o governo, principalmente federal, gasta com propaganda - O Governo é um negócio? Um produto? Creio que não. Então, propaganda, publicidade, para quê?

Claro que o Governo, federal, estadual, ou municipal, não "vende" produto ou serviço. Nem uma coisa nem outra, ou pelo menos assim todos nós, simples mortais integrantes do povo, pensamos. O Governo não desenvolve nenhuma atividade empresarial e, portanto, porque tanta publicidade? Quantos e quantos milhões são gastos com propaganda anualmente?

Que resultado prático o Governo quer atingir com a publicidade que faz? Qual o retorno efetivo desse “investimento”? Que produto quer propagar, fixar no mercado? O que o Governo quer vender? O que ele precisa vender? O governo vende ou devolve serviço já pago, antecipadamente, pela população? O Governo precisa aumentar demanda ou sua eficiência está em bem administrar exatamente para diminuí-la a demanda, principalmente por saúde?

Creio, piamente, que todas as repostas que se dê aos questionamentos acima, conduzirão unicamente para a simples e evidente constatação de que a propaganda governamental  é dinheiro jogado fora.

Os resultados de um Governo, o povo sente ou não, no dia-a-dia. Todo o dinheiro que é gasto com publicidade governamental, poderia, deveria, ser melhor utilizado. Todo esse dinheiro é simplesmente gasto, é despesa, sem nenhum, absolutamente nenhum retorno para a sociedade. Somente as empresas de publicidade e mídia ganham com isso.

Nem mesmo o Governo, em termos de imagem, ganha qualquer coisa. Aliás, entendo que muito pelo contrário. Entendo que a perda de imagem seja muito grande, pois, não somente eu vejo a propaganda, os gastos com publicidade, como algo negativo. Então, a conclusão mercadológica é uma só: propaganda negativa. E todo seu custo se transforma em simples, mera e custosa despesa e com resultados negativos, contrários. Dentro do clássico chavão mercadológico, o custo/benefício e geometricamente negativo O Governo gasta para desagradar o povo, para macular sua imagem, muito diferente das empresas que tem na propaganda um meio de valorizar seu produto ou serviço.

Ou seria o Governo refém das empresas de comunicação - da imprensa - e para manter uma certa simpatia, faz um agrado, contratando contínuas e grandes campanhas junto as grandes corporações.?
Alguém já se apercebeu do quanto de publicidade do Governo é veiculada, principalmente na televisão?

Consta que o maior anunciante da televisão brasileiro é o Governo Federal. Segundo site criado para acompanhar e transparecer o tema, em 2012 as despesas do Governo Federal chegou na casa dos 400 milhões e quem abocanha a maior fatia, claro, é a Globo. Isso me leva a acreditar, deduzir, que o que o Governo Federal gasta com propaganda, não seja nada mais, nada menos, que um “mino” as empresas que compõem a mídia, a formação de opinião do país.

E os Governos Estaduais? Bom, daí a o tema chega ao ridículo. Chega ao riso, a graça e para quem tem bom e acurado humor, tais propagandas, campanhas, só beneficia a população através do riso. Em resumo, as propagandas estaduais são pura “palhaçada”.

E as pessoas, profissionais, empresas que vivem e bem, unicamente da prestação de serviço ao Governo, na lida publicitária? Esses que arranjem um trabalho, ao invés de somente ficaram mamando nas tetas fartas do Governo, sustentadas pelos impostos salgados, injustos e descabidos.

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 26/05/2013
Reeditado em 28/05/2013
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