Sobre os novos padrões de beleza brasileiros
Sobre os novos padrões de beleza brasileiros
Por Thaís Falleiros
Há bem pouco tempo atras, o padrão de beleza no Brasil e em grande parte do Mundo era o da mulher magérrima. O sonho de muitas delas eram retirar as mamas, pois aquelas que tinham seios grandes sentiam-se muito mal.
Voltando mais ainda no tempo, à idade média Europeia, é facil perceber pelas estátuas e pinturas dos grandes artistas que as mulheres gordas daquela época eram vistas como as mais bonitas e saudáveis.
Até o século passado no Brasil, as mulheres gordas e bem brancas formavam o padrão de beleza (estilo Marquesa de Santos). Era uma forma de diferenciá-las das classes mais baixas, em que normalmente as mulheres eram queimadas de sol pelo trabalho e mais magras, pois se alimentavam pouco.
Hoje em dia, no Brasil, não é novidade para ninguém que as “mulheres frutas”, ou “paniquetes” são a nova sensação entre o sexo feminino.
Cada vez mais é mais fácil encontrar mulheres com silicone nos seios e nádegas. Mulheres saradas, fortes, com pernas grossas e barriga bem definida. Mulheres muitas vezes maiores e mais fortes que muitos homens. E queimadas de sol.
Certo ou errado, bonito ou feio, o fato é que o padrão de beleza está sempre mudando, não só no Brasil. Ele faz parte da cultura de um povo. Um exemplo são as mulheres orientais em que são vistas mais belas aquelas que têm pés pequenos. Ou ainda aquelas de algumas tribos africanas em que usam argolas nos pescoços para torná-los compridos e assim ficarem “bonitas”.
Cada vez mais percebo que a moda dita regras muitas vezes absurdas (e sempre ditou).
Seja ela a moda da magérrima ou da “fruta”, todas essas são irreais e não são bonitas quando não são naturais .
Entendo que cada um deve fazer o que lhe é melhor. Mas muitas mulheres são sugadas por uma moda muitas vezes passageira e não se aceitam como são. Não param para pensar no que realmente lhe agradam. Muitas hoje em dia, vão insensantemente às academias, em busca do corpo da moda, mas não gostam de estar ali.
Muitas jamais atingirão esse novo padrão de beleza, pois não têm o biotipo físico para isso.
E ditante dessa reflexão, minha pergunta é: quando a moda será o NATURAL? Quando cada mulher será do jeito que é, e será aceita como é pela sociedade? Seja ela gorda, sarada, magra, morena, clara, de cabelos compridos ou supercurtos?