CURA GAY
Por Carlos Sena




Esse país deve mesmo não ser sério como sempre ouvi dizer. Um país com tantos problemas de educação e saúde, segurança pública e tantos outros fica discutindo, via parlamentares, a CURA GAY.
Perdendo um pouco o que seria a “classe” do bem escrever polidamente, parece mesmo que o “CU e a XOXOTA” que tem vida própria passaram, contra suas vontades a ser postos em lugares de destaque além do que normalmente eles já têm. Não bastasse o Estado viver se metendo na vida das famílias em assuntos que não lhe dizem respeito como  a LEI DAS PALMADAS, agora vem a história da CURA GAY – proposta por um deputado (deputada) do PSDB e encampada por tantos outros da ala dita evangélica e religiosa. Não basta que as famílias não tenham boa educação; não basta que as famílias não tenhas saúde pública de qualidade; não basta que as famílias vivam presas dentro de casa enquanto lá fora os ladrões e sequestradores tomam conta das ruas que um dia foram públicas. Porque em não bastando tudo isso, basta agora discutir a CURA GAY, no popular: saber quem “dá” pra quem e quem “come” quem! Nesse bojo de falta do que fazer, discutir a cura gay é, certamente, um atentado a inteligência. Se não aos bons costumes, mas, repetimos, à inteligência. Por que não aos bons costumes? Porque eles simplesmente não existem, pois a falsa moral se encarrega de dizer o que eles sejam na superfície, porque na profundidade a putaria acontece nos palácios e nas palafitas, nos “lampiões e nas marias bonitas”... A Rainha Vitória que não nos diga, porque os parlamentares brasileiros, incapazes de legislar sobre coisa séria, agora estão debruçados na CURA GAY. Isso nos remete aos questionamentos:
a)Será que alguns parlamentares não são “do babado”, mas preferem se iludir com essa “cura” para se esconder sobre ela?
b)Será que estimulando o “finge que não sou mais gay que eu finjo que tu és homem”, não vai aumentar a arrecadação das igrejas?
c)Será que estimulando a chamada cura gay não se estará fortalecendo um bando de gays evangélicos que já estão quase caindo fora da igreja por não aguentarem viver dentro do armário a vida toda?
d)Será que o estímulo fantasioso da cura gay não está fundamentado da lógica financista que fatura em cima do casamento e dos filhos?
e)Será que os evangélicos que a isso buscam não estão querendo que o manto falso moralista se perpetue para que seus membros gays permaneçam sentido o sabor do proibido com mais ênfase?
f)Será? Qualquer um pode fazer o seu “será” e, certamente não vai encontrar muito conteúdo científico ou mesmo religioso, exceto o dogmático.
Como se percebe é coisa mesma de quem não tem o que fazer na qualidade de parlamentar, como costumo dizer de “pralamentar”. Porque lá fora tá chio de criança abandonada e de tanta mazela social que seria pano para as mangas e para a camisa toda, se eles quisessem ser sérios e trabalhar para o bem do povo. Porque do fiofó do povo, da xoxota das mulheres elas sabem  muito bem o que fazer com elas...
Mas, se de todo, alguém ainda tiver dúvidas dessa coisa que estão chamando de “cura gay”, basta imaginar o  contrário: “cura hetero”. Verá na hora que não se vira hetero ou homossexual na lógica do controle remoto de uma televisão: você muda de canal com um simples toque e tudo bem. Tudo existe no mundo desde que o homem é homem e que o mundo é mundo. Pior (ou melhor?): a homossexualidade existe, inclusive no reino dos animais irracionais, isso comprovado pela ciência no mundo inteiro. O grande problema é o de sempre: todo mundo tem o rabo preso, mas só quer saber de pisar no rabo dos outros.
Senhores parlamentares, deixem o povo dar o que eles têm, pelos menos eles dão o que é deles e vocês dão o que é nosso, do Brasil, na medida em que entregam nossas riquezas ao capital internacional sem nenhum escrúpulo. Viu? Os gay dão o que é deles, ou seja, o fiofó ou a xoxota. Vocês, além de darem o que não tem, ainda roubam quando não podem dar... Um recado: cuidado senhores deputados, padrecos e pastorecos: certamente vocês tem gays na família, porque as igrejas estão cheias deles... Fui.