Olhar mágico
Olhar mágico
Aqui embaixo o trânsito urra
Ensurdecedor como um leão ferido
Hienas famintas em coro
Rinhas de galos de todas as espécies
No vai e vem das pessoas os apitos
Espíritos sonoros esbravejando a ingratidão de Deus.
Dizem; ele esqueceu de mim, Deus esqueceu de todos nós.
A fumaça das máquinas de motores envenenados
Inflando corações em busca do êxtase
Mesmo que seja o êxtase da morte.
Há brilho no olhar dos menos críticos.
Há somente brilho real nos inocentes.
Ah! Crianças e seus avós, agora também crianças.
Há um desfile de personas em cores que gritam
á expressão de dor, disfarçada em risos.
Personalidades indivisíveis e incomparáveis...
De repente! Alguém grita. Olhem para o céu.
A um instante de pura sensibilidade.
Há um brilho suspenso no ar.
O impossível, o milagre das ciências exatas.
Há sonhos. Cristais duros se desmancham em água.
Fios de lágrimas escorrem para dentro dor corpos quentes de almas, antes frias.
É o Zepelim, a evolução dos primeiros que se explodiram...
Ou é, na verdade, um jeito mágico de Deus mostrar-se presente.
E afagar com a magia do olhar
Momentos de total escuridão para alguns
E eternamente mágico para os seres ainda crianças...
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