CRIANÇAS DE MÃOS ASSASSINAS

CRIANÇAS DE MÃOS ASSASSINAS

Pensei muito até tomar a decisão de escrever este texto, pois nunca é fácil tratar com transparência, seriedade e severidade, quando de uma criança. Mas o que atinge a sociedade dos nossos dias, por si só, já introduz um ar de falseada impressão do bem presente à vida de quem interrompe, por mãos assassinas, o viver do outro em seu existir. Campeia-nos indivíduos drogados, armados, que por força atroz, derrama assombrosamente, o sangue de cidadãos desprotegidos ao mal. Homens e mulheres, idosos e adultos, jovens e infantes, são vitimados por Crianças de Mãos Assassinas, que traiçoeiramente investidos a destruição, assolam o terror aos transeuntes, ou aos cidadãos que descansam em seus lares depois de um dia de trabalho. É fato que estes indivíduos precisam de amor e perdão, mas também precisam de leis mais rígidas em sua justiça. Notadamente seu número cresce, pois se sentem acobertados pela lei, que lhes permite premeditar seu crime e fazê-lo cumprir com impunidade diante da justiça que não possui a força necessária para encarcera-lo em prisões por penalidade inflexível e duradoura. A lei tem-nos impedido de gritar por cumprimento de justiça às Crianças de Mãos Assassinas, menores de idade, inexoráveis, contidos em seu semblante de infante que lhe encobre a crueldade campeada por dolo de uma mente criminosa. É preciso mudar a lei, quando esta não atende as necessidades morais da sociedade. Estamos presos em prisões domiciliares no lugar destes criminosos. Precisamos mudar nossas leis. Tais mudanças se fazem necessárias imediatamente ao que se decide por ajustes salariais, juízos ao que se diz por homofóbicos, diretrizes ao Poder Administrativo, confabulações políticas que almejam ocupações a mandatos Estaduais e Federais, traçados aos gastos públicos, minimização a carência e a pobreza, e assim por diante. Precisamos mudar nossas leis. A sociedade pensa exacerbadamente sobre o assunto, pois como se não bastasse a ação de bandos que inserem menores em seu meio e usam-no como escudos a punição pelo crime de morte cometido, agora, cresce a ação isolada de indivíduos de menor idade, que cometem seus crimes e, simplesmente voltam à rua para cometer outros e tantos mais, logo que alcançam a maior idade. É preciso refletir sobre a nossa permissividade ao crime desenfreado, feito pelas mãos destas crianças que não sentem como crianças, não pensam como crianças e não agem como crianças. Não nos basta apenas contar os nossos mortos, mas que seus criminosos sejam punidos pela lei no poder que lhe cabe à justiça. Então, o que me resta é esperar que a sociedade brasileira, exija de seus políticos leis mais rígidas, que vença a ténue equação da idade, versos, criminalidade destas Crianças de Mãos Assassinas.

Ricardo Davis Duarte.