O direito de opinar

Impressionante como hoje em dia as pessoas têm a capacidade de julgar. Talvez nem seja uma marca contemporânea. Aliás, não é. Pensando bem, nós seres humanos trazemos isso em nós desde que o mundo é mundo.

Possuímos sim nossos pré-julgamentos, pré-conceitos, nossas ideologias, filosofias e pensamentos próprios, o que muitas vezes nem é resultado de estudo e reflexão, mas sim de uma criação equivocada, de uma cultura alienada, enfim, do fiasco que tem sido nossas relações sociais.

Assunto em pauta, o homossexualismo, especificamente a homofobia, tem tomado conta dos meios de comunicação, das redes sociais e das conversas informais. Vejo cada vez mais crescente um movimento ferrenho a fim de combater os ditos “homofóbicos”. Não acho injusto a não ser por um item: os debates estão se encaminhando para o unilateral, ou seja, ou sou a favor, ou sou a favor. Qualquer pensamento em contrário a isso tem sido recharçado, combatido e agredido.

Antes que seja pregada numa cruz, gostaria de salientar que não faço parte do grupo que discrimina, mas não tomarei partido, nem levantarei bandeiras, pois essa não é a minha intenção e nem o objetivo do meu texto. Venho trazer reflexão e não colocar mais lenha na fogueira.

Penso que, se os homossexuais têm o direito de se defender de um grupinho que os maltratam, menosprezam e agridem, aqueles que possuem pensamentos contrários a eles também devem ser respeitados. Afinal, vivemos numa sociedade democrática, e por isso é necessário a consciência de que esta democracia se tornaria capenga se não houvesse as duas faces da moeda.

O que nos falta é sem dúvidas o cumprimento de algumas atitudes tendo como base uma palavrinha simples: respeito. Respeitar o outro deveria ser o primeiro ensinamento e o não cumprimento deste deveria ser tratado como inflação grave.

Não trago aqui ideologias pautadas em conduta religiosa ou em direitos humanos. Não é o meu propósito. Como cidadã e cristã, tenho minhas opiniões e gostaria apenas que meus argumentos fossem ao menos levados em conta. Meu lado cidadã, crítica e racional aceitará as leis que forem promulgadas. Homossexualismo não é tema atual, mas está na moda. Democracia também. Prós e contras devem ser avaliados em situação de igualdade, e que vença quem melhor convença.