CENSURA DO CALA-BOCA SOCIORRELIGIOSO
A "cultura da aceitação" está criando uma proibição à crítica, pois não é difícil entender a manipulação que está sendo empreendida na sociedade contemporânea pelos veículos midiáticos.
Se manifestar contra ou a favor de um comportamento( leia bem "comportamento") ou de um pensamento antes era uma coisa assegurada pela nossa constituição nos seus incisos IV e IX, do artigo 5º verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", hoje somos hostilizados por ter um ponto discordante de ver a vida.
Nisto nossa atual sociedade medíocre e de moral duvidosa tende a retardar sua população com argumentos de ataque religioso a novas posições sociais, fazendo uma verdadeira lavagem cerebral na cabeça das famílias e introduzindo a normalidade de um comportamento deturpado e sem escrúpulos. As armas dessa geração são as novelas e os debates parciais de programas de palcos medíocres onde não se efetua um debate imparcial e sim tendencioso para legitimar uma visão “moderna” de comportamento.
A família brasileira que defende originalmente uma posição conservadora em relação aos temas morais se sente ameaçadas de receber o estigma de intolerante, homofóbico, retrógrado e até criminoso, sentindo-se encurralada e obrigada a acatar a ideia da normalidade e até dignidade de tais condutas distorcidas, a engenharia social aplicada impõe sobre ela uma pressão psicológica que clama por alívio de um grupo em sacrifício de uma massa.
O mais discordante da questão é que tais adeptos e entusiastas defensores deste novo comportamento não enxergam que os que defendem direitos iguais sempre estão ofendendo a tradição religiosa do outro, profanando suas relíquias santas e ridicularizando em carnavais o pensamento sacro-religioso, ao expor ao ridículo tais indivíduos argumentam a liberdade de expressão para que possam efetuar tais ridicularizações, entretanto essa liberdade de expressão acaba quando se trata da opinião religiosa aos seus comportamentos.
Esses grupos não defendem e muitas vezes odeiam a visão religiosa raiz desta posição familiar de tradição. Abalada que fora a fé religiosa, desprestigiada a metafísica e, cada vez mais, difundida uma visão materialista da vida, onde poderia ser buscada a "muleta ética" que justificaria esse comportamento moderno tão urgentemente necessitado, senão na Ciência, o novo ídolo e deus deste século.
O fim de nossa sociedade vai ser a aceitação de tudo pelo cala-boca da acusação do preconceito, o que antes era uma mera questão de bons modos se transforma, a passos largos, em matéria de Direito Penal que situa qualquer pessoa de pensamento sociorreligioso diferente, como um potencial criminoso.