Prisioneiros

Não podemos mais fugir e nem viver num faz de conta, nem tampar o sol com uma peneira, pois cada vez mais somos prisioneiros do mundo cibernético. Cada vez mais distanciamos das nossas raízes. Aonde vamos chegar? Isso é uma incógnita para toda a humanidade. Estamos todos perdidos num mundo tecnológico. Tudo acontece muito rápido. Ninguém consegue acompanhar a tantas transformações deslocadas. São muitas informações de várias facetas. Hoje todos estão robotizados, coisificados. Outros obsoletos por não acompanharem essa drástica evolução. Numa tela de vidro, num deslizar de dedos na tela de um celular seremos capazes de ver o que está acontecendo do outro lado do mundo, através das notícias rápidas, essas em vídeos ou textos curtos, notícias boas, más e até horripilante. A inclusão social está conectada a internet cada vez mais via Wi-Fi e Wi-Max. Os computadores cada vez mais de telas finas e imagens de alta resolução. Não sou contra a tecnologia, sou contra a forma como é usada. Digo, qualquer ferramenta usada com maldade é uma bomba. Pois muitas pessoas já morreram por conta da internet usada para fins maldosos. Vivemos num mundo virtual e assim vamos esquecendo os contatos do olho no olho, um abraço, um aperto de mão, uma batidinha no ombro e assim vai ficando para trás outro mundo. O mundo está mudando, passando por transformações profundas, que faz a distância de uma década parecer século. Tudo tão rápido vai ficando para trás, como os gestos solidários, de amizade, de improvisação. Um dia, ligaremos para nós mesmos para falar da nossa própria solidão, da falta de amigo. Até por isso... Até breve, quem sabe! Sou um mortal.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 08/04/2013
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