Prosa por ética.
Por Carlos Sena
Gostaria de escrever uma prosa por ética. Mas, que não ficasse no limbo da imaginação por conta da ótica. Uma prosa por ética seria talvez discorrer sobre os direitos que se estabelecem no miudinho das relações interpessoais. Entre os amigos, entre os familiares, entre os apenas conhecidos. Nem sempre se podem regular as relações em função dos que o consuetudinário estabelece, pois se correria o risco do traço. Risco do traço é quando a gente se equivoca tanto com certas pessoas que tem que passar um traço nelas, ou seja, riscá-las do nosso rol de relacionamentos.
Nas relações cotidianas a gente sempre tem ilusões acerca do que esperamos das pessoas da nossa convivência. Essas expectativas, no geral, são postas no nosso processo de socialização pela família, pela sociedade. Valores assim são sedimentados secularmente e, dessa forma, tendem a se imiscuir em nossa vida, mesmo nas nossas relações mais superficiais. Daí a necessidade de estabelecermos uma ética, nunca por questão de ótica, mas por necessidade de defesa própria. Contrariar o socialmente estabelecido geralmente deixa muitas pessoas num “beco sem saída”. Passa um traço. Risca do mapa. Ou não. Talvez entre aqui a questão ética de cada um. Poderão dizer que a ética é mais ampla, com o que concordamos. Mas essa amplitude da ética é aquela a quem a Moral abriga. Não é dessa que estamos tentando prosear, mas aquela que cada tem que instituir pra si dentro do processo social maior. Porque o mundo da forma que caminha, está ficando cheio de ilhas de solidão talvez porque as pessoas tenham medo excessivo de passar o traço. Passar o “traço” é compreender que determinadas pessoas que não atrasando nossa vida não a adianta, não prestam. São as pessoas que no geral ficam em cima do muro. No sexo, no amor, no trabalho, na vida. Pior: por não sabermos o “apito que tocam” nunca desenvolveremos com elas a nossa confiança.
Uma prosa por ética é fundamental. Primeiro porque no geral só se escrevem em função de pontos de vistas. Eu gosto mais das vistas sem ponto, principalmente não sendo de interrogação. Escrever sobre futebol é pratico e fácil. Escrever da ética é complexo, embora não seja complicada a sua compreensão. Compreender, por exemplo, a lógica do “traço”! O traço é um risco que a gente faz por dentro de nós tirando certas “almas sebosas” (AS) de dentro de nós. Elas não precisam saber, porque o tempo nos faz afastar delas naturalmente, desde que estejamos conscientes de que elas são deletérias em nossa vida.
Finalmente prosear sobre ética é uma forma discreta de dizermos a nós e quem nos quer bem que crescemos; que temos o direito de não querer mais determinadas amizades ou ações fazendo parte da nossa cognição. Evidentemente que estamos falando de relações que são verdadeiras “ralações” – nos machuca e nos enerva e nos causam baixa estima, nos envolvem em fofocas, em disse me disse etc. A teoria do traço é pratica. Basta que a utilizemos nas relações gasosas – aquelas levam nada a lugar nenhum; aquelas mantidas por pessoas cujas atividades são as de encangar grilo e azeitar o eixo do sol das vidas alheiras. Porque no mundo, infelizmente, a gente está cercado de pessoas que são piores do que sulfato de pó de peido... Assim, findo essa prosa por ética, estabelecendo a teoria do “traço” como nova ótica.
Por Carlos Sena
Gostaria de escrever uma prosa por ética. Mas, que não ficasse no limbo da imaginação por conta da ótica. Uma prosa por ética seria talvez discorrer sobre os direitos que se estabelecem no miudinho das relações interpessoais. Entre os amigos, entre os familiares, entre os apenas conhecidos. Nem sempre se podem regular as relações em função dos que o consuetudinário estabelece, pois se correria o risco do traço. Risco do traço é quando a gente se equivoca tanto com certas pessoas que tem que passar um traço nelas, ou seja, riscá-las do nosso rol de relacionamentos.
Nas relações cotidianas a gente sempre tem ilusões acerca do que esperamos das pessoas da nossa convivência. Essas expectativas, no geral, são postas no nosso processo de socialização pela família, pela sociedade. Valores assim são sedimentados secularmente e, dessa forma, tendem a se imiscuir em nossa vida, mesmo nas nossas relações mais superficiais. Daí a necessidade de estabelecermos uma ética, nunca por questão de ótica, mas por necessidade de defesa própria. Contrariar o socialmente estabelecido geralmente deixa muitas pessoas num “beco sem saída”. Passa um traço. Risca do mapa. Ou não. Talvez entre aqui a questão ética de cada um. Poderão dizer que a ética é mais ampla, com o que concordamos. Mas essa amplitude da ética é aquela a quem a Moral abriga. Não é dessa que estamos tentando prosear, mas aquela que cada tem que instituir pra si dentro do processo social maior. Porque o mundo da forma que caminha, está ficando cheio de ilhas de solidão talvez porque as pessoas tenham medo excessivo de passar o traço. Passar o “traço” é compreender que determinadas pessoas que não atrasando nossa vida não a adianta, não prestam. São as pessoas que no geral ficam em cima do muro. No sexo, no amor, no trabalho, na vida. Pior: por não sabermos o “apito que tocam” nunca desenvolveremos com elas a nossa confiança.
Uma prosa por ética é fundamental. Primeiro porque no geral só se escrevem em função de pontos de vistas. Eu gosto mais das vistas sem ponto, principalmente não sendo de interrogação. Escrever sobre futebol é pratico e fácil. Escrever da ética é complexo, embora não seja complicada a sua compreensão. Compreender, por exemplo, a lógica do “traço”! O traço é um risco que a gente faz por dentro de nós tirando certas “almas sebosas” (AS) de dentro de nós. Elas não precisam saber, porque o tempo nos faz afastar delas naturalmente, desde que estejamos conscientes de que elas são deletérias em nossa vida.
Finalmente prosear sobre ética é uma forma discreta de dizermos a nós e quem nos quer bem que crescemos; que temos o direito de não querer mais determinadas amizades ou ações fazendo parte da nossa cognição. Evidentemente que estamos falando de relações que são verdadeiras “ralações” – nos machuca e nos enerva e nos causam baixa estima, nos envolvem em fofocas, em disse me disse etc. A teoria do traço é pratica. Basta que a utilizemos nas relações gasosas – aquelas levam nada a lugar nenhum; aquelas mantidas por pessoas cujas atividades são as de encangar grilo e azeitar o eixo do sol das vidas alheiras. Porque no mundo, infelizmente, a gente está cercado de pessoas que são piores do que sulfato de pó de peido... Assim, findo essa prosa por ética, estabelecendo a teoria do “traço” como nova ótica.