Mãos idôneas
Mãos idôneas
Entre 2006 e meados de 2007 foram executadas várias obras visando o PAN-2007 no RJ. Com orçamentos inicias de vários milhões que duplicaram ao longo das execuções (para garantir os desvios programados), foram terminadas com o elegante discurso de que serviriam de “legado” para as próximas gerações.
Depois de 4 anos, a vila olímpica perto da barra da Tijuca, diversos apartamentos apresentaram rachaduras em função de afundamento das estruturas sobre a área pantanosa (eles chamam de “acomodação” do terreno) e os proprietários enganados agora arcam com prejuízo da compra destas “confortáveis e modernas” unidades de moradia que não conseguem revender nem pela metade do preço.
Visando a copa de 2014, o Maracanã entrou em nova maquiagem cujo orçamento também está perto de duplicar o custo. Um estádio “reformado” em 2007 já está obsoleto em 2013?
O velódromo com 6 anos de vida recebeu o “aval” para ser derrubado por não estar dentro do “modelo” mundial definido pelo COI. Tal modelo serviu em 2007?
Parque de natação construído em 2007 está abandonado por falta de programas que o mantenham em atividade esportiva e social.
O estádio olímpico (futebol + atletismo) do Engenhão erguido em 2007 agora em 2013 foi interditado (sem prazo definido) pois a estrutura da cobertura corre risco de desabamento se entrar em contato com ventos acima de 63 km/h.
Estádios no Japão resistem a 300 km/h. Aqui colocaram varas de goiabeiras e cobraram como alumínio inoxidável? Ou fixaram erradamente visando troca em 5 anos?
Podemos concluir sem erro que o tal “legado” na verdade é a herança de dívidas (bem acima de 2 BI) para o “gado” (profundamente atento ao Big Besta Brasil) pagar via impostos extorsivos que não estruturam as áreas sociais carentes.
Alguns outros projetos esportivos para 2014 e 2016 estão sendo dirigidos pelos mesmos projetistas que concluíram (???) o Engenhão! Você vai levar sua família para tais locais? Leve um terço também.
Não seria o caso de levar tais escândalos às mãos de algum “Delegado” idôneo para processar os signatários e executores dos “elefantes brancos” cujos prazos de validades estão menores do que remédios falsificados?
Haroldo P. Barboza - RJ