“DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER”- Um Golias a ser derrubado não apenas no Dia Internacional da Mulher, mas em todos os anos!
Centenas de textos referentes ao Dia Internacional da Mulher estão boiando no dilúvio informacional da web nas últimas décadas, nas sociedades capitalistas do Ocidente. Vieram à lume, impulsionados pela mola propulsora denominada “luta feminina pela igualdade dos direitos” embasados no incêndio ocorrido em Nova York nos idos de 1911, sobre o qual nada escreverei, já está esgotado e desgastado: “Um dos momentos mais emblemáticos na história da luta feminina pela igualdade de direitos aconteceu no final da tarde do dia 25 de março de 1911 quando 150 mulheres, em sua maioria imigrantes judias e italianas, morreram em um incêndio na Triangle Shirtwaist Company, em Nova Iorque”. MAZZI.
Tecerei uma visão global sobre a realidade feminina um pouco distanciada do triste episódio de NY. Retornemos 500 anos atrás na Historia do Brasil de 1500, ocasião quando literalmente o Brasil foi arrebatado dos proprietários nativos: Araras, Araweté, Ashaninka, Asurini, Bororo, Enawenê Nauê, Guarani, Juruna/Yudja, Kaapor, Kayapó, Kalapalo, Karajá, Kaxinawá, Krahô, Mayoruna, Marubo, Matis, Matipu, Mehinako, Rikbaktsa, Suruí, Tembé, Terenos, Ticuna, Tiriyó, Tupis, Waiana Apalaí, Waurá, Wai Wai, Waiãpi, Ye'kuana e os Xerentes, dos quais sequer os dialetos permaneceram, pois, o português usado é emprestado.
No Brasil valorizam-se tudo que vem de fora, mesmo que o valor seja ilusório, transitório ou irrisório. A começar pelo escambo praticado pelos portugueses que trocavam caixas de fósforos e cacos de espelho por madeira de lei cortada e embarcada nos navios. Mulheres sequer são mencionadas.
O solo “descoberto” fora denominado como da Terra de Vera Cruz depois Terra de Santa Cruz, por conta da cruz símbolo do catolicismo fincada no solo e finalmente Brasil por conta do Pau-Brasil existente por aqui naquela época em que foi literalmente entregue aos “portugálias” (mistura de Portugal do Cabral com o país no formato da bota (símbolo de força ao pisar, e proteção aos pés que pisam) a Itália da Igreja católica, dos Jesuítas, dos franciscanos, beneditinos e outros tantos).
Por volta de 1824 era proibida qualquer forma de culto fora do recôndito do lar com a mulher e filhos. A mulher servia para educava a prole, preparar comida, e ser esposa. Estudar? Nem pensar sobre isto. Não tinha voz ativa para nada, a ela era cobrada a execução das “prendas domésticas” leia-se bordar, costurar e cozinhar muito bem. Naqueles idos havia um ditado chulo: “Mulher que quiser casar-se pegue o marido pelo estomago”. Traduzindo: Cozinhe muito bem para ele não querer outras comidas.
Hoje não vale mais, o “cara” quererá outras “comidas” de qualquer jeito. Divorcia-se por conta do arroz queimado da Maria e come o feijão queimado da Chica, desde que seja...delete qualquer pensamento profano.
Após a segunda guerra mundial as mulheres começaram por o nariz para fora das portas, muitas delas foram para as fábricas. Outras como Inezita Barroso, Hebe Camargo, Nara Leão, Wanderléa, Silvinha aventuraram-se na rádio, cantando a natureza, poesia ou romantismos, cantando o cafezal em flor como o fez a dupla Cascatinha e Nhana.
No século anterior a este período, por volta de 1827 algumas meninas já eram admitidas nas escolas para estudar -, não todas as meninas, nem qualquer uma, ou qualquer curso: apenas às brancas e de famílias ilustres filhas da aristocracia abastada lhes era permitido cursar o magistério ou enfermagem onde se tornaram úteis no contexto de guerra para cuidar dos “doentes” criados pelos confrontos bélicos - matéria suficiente um livro sobre DSPT- doença de stresse pós traumas sejam de guerra, sequestro ou qualquer outra situação de risco que torne o indivíduo meio neurótico-.
Algumas meninas nesta época estudavam artes musicais ou biblioteconomia. Como havia poucas bibliotecas a demanda era mínima, somente as mansões dos aristocratas possuíam alguma biblioteca. Não porque se interessassem por livros, mas que porque era símbolo de riqueza e sabedoria, e porque os filhos homens estudariam medicina e advocacia e necessitariam de livros. Basta conferir em literaturas como o livro: “Vida Privada”, para constatar-se que biblioteca era mero adereço para o lar. Apenas um símbolo do poderio cultural.
“Época quando surgiu o estereotipo sobre a bibliotecária como uma vovó usando óculos escuros com o “birote” na cabeça, aquela bolinha ou coque feito com cabelos longos e esfarrapados. Estereótipo este o qual durou muitas décadas. Na era da informática tal estereótipo sofreu uma repaginada quando tornou divulgado que a esposa de um presidente norte americano era bibliotecária.
Num piscar de olhos a velhinha de birote ficou chic deixando para traz o tempo em que sua única função era carregar um molho de pesadas chaves usadas para trancafiar a “sete chaves” os livros das bibliotecas nos mosteiros, os quais eram usados apenas pelos frades dos conventos, pois, eram os detentores das informações valiosas. Inclusive e principalmente as informações e o conteúdo bíblicos, já que o latim era a língua “oficial” usada para “transmitir” o evangelho à gentália que mal falava nada escrevia num português emprestado de Portugal.
O filme “Filme Fahrenheit 451" – 1966 Trata-se de uma obra literária ou romance distópico de ficção científica soft, escrito por Ray Bradbury (1920-2012) e publicado pela primeira vez em 1953 na edição de fevereiro de 1951 da revista Galaxy Science Fiction, mostrando a possibilidade de um futuro sem livros, ganhando assustadora dimensão realística neste clássico filme dirigido por FrançoisTruffaut.
“Através dos anos, o romance foi submetido a várias interpretações primeiramente focadas na queima de livros pela supressão de ideias dissidentes. Bradbury, porém, declarou que Fahrenheit 451 não trata de censura, mas de como a televisão destrói o interesse pela leitura”.
As pessoas eram aprisionadas se fosse encontrado em seu poder algum “livro proibido”. A Bíblia seria o principal deles. Só os monges a ela tinham acesso.
Segundo alguns historiadores, passava-se veneno no corte das folhas, para envenenar o leitor desavisado, que ao entrar furtivamente na biblioteca para lê-lo lambia os dedos ao folhear o livro. Pela repetição do lamber dedos após tocá-los nas bordas onde se passara o veneno, não raras vezes morria envenenado como resultado de sua curiosidade em ler o conteúdo bíblico, difamado como sendo “nocivo”. A oralidade seria a única forma para preservação do conteúdo escrito e queimado como forma de impedimento à sua propagação. Uma perseguição ferrenha foi travada, o resultado foi o contrário do que era esperado. A transição oral dos conteúdos foi um retrocesso à oralidade usada nos tempo bíblicos.
Atualmente alguns, inclusive pessoas cultas condenam o conteúdo bíblico como sendo retrógrado, impondo ferrenha perseguição à sua disseminação. Só falta atearem fogo na Bíblia como forma de impedimento ao cumprimento de seu propósito. Alguma semelhança? Mudou o endereço e personagens, porém, a mentalidade anti bíblica continua idêntica independente da cultura que alguns possua.
A pessoa da bibliotecária não era vista como sendo a disseminadora das boas informações e sim, como a guardiã da “informação perigosa” tendo permissão para disseminá-la apenas ao público masculino que soubesse ler e soubesse o que fazer com tal informação. Geralmente padres, monges, médicos e advogados. Ninguém mais. Na Era da Informação a bibliotecária se especializa em GED (Gerenciamento Eletrônico de Dados), não mais gerencia livros envenenados.
Nos últimos trinta anos figura e papel da profissional da informação foi alvo de uma repaginação. Muito embora ainda esteja longe do status merecido e reconhecimento profissional. Afirma ser profissão em extinção. Quando na realidade houve sim, uma migração de seu espaço de trabalho para longe das escolas.
A título de curiosidade, há bibliotecas virtuais, nas empresas, hospitais, autarquias, no entanto, outros profissionais por vezes ocupam sua função. Já vi pessoas com magistério, historiadores passando-se por bibliotecário, quanto ao bibliotecário não lhe é permitido ser professor de história. Muito embora o Conselho Regional de Biblioteconomia proíba e multe qualquer instituição que for conivente nesta atuação indevida e forçada neste setor profissional.
A mulher de modo geral sempre foi meio pacata, aceitava e continua aceitando ser rebaixada, desconsiderada, aceita ser posta debaixo do tapete mesmo por outras mais jovens que se esquecem de que um dia envelhecerão, basta conferir dando um retrocesso no tempo histórico até 1888 quando houve a “libertação dos escravos do trabalho forçado para homens e mulheres”, porém, não significava mudanças significativas na condição da mulher, pois, a mesma recebeu uma pseudo - liberdade e não sabia o que fazer com tal liberdade.
Não fora orientada como proceder diante da sua nova situação, nem havia espaço na sociedade no qual ela pudesse ser inserida. Mesmo na atualidade ainda falta espaço para a mulher, não físico.
Por quê? Nos idos da escravidão, era óbvio, meninas sem pedigree, oriundas de famílias mamelucas, mouras, oriundas da miscigenação entre portugueses e indígenas serviriam apenas como futuras parideiras, e chocadeira, mulheres objetos para forno, fogão, cama, mesa e banho, modernamente transformada em creche.
E na atualidade o que ocorre?
Uma mulher da alta sociedade se cursar engenharia civil será contratada para dirigir um grupo de trabalhadores numa construção civil.
Uma pobretona, sequer conseguirá passar no vestibular para engenharia civil uma vez que deve cumprir jornada diária de doze horas de trabalho num subemprego. Ao deixar o trabalho terá tempo e ânimo para estudar e cuidar dos filhos resultantes dos namoricos fora de época, quando ainda era adolescente? Oito horas dentro da firma, mais quatro horas entre ida e volta dentro dos metrôs ou trens subúrbios espremida como sardinha na lata.
Lembra-se do Navio Negreiro que trazia escravos e escravas para serem vendidos no Brasil? Leram meu texto “Navio Negreiro: uma história que se repete em pleno século XXI!”
Qualquer semelhança não é mera coincidência é a pura realidade.
Em 1988, portanto, após cem anos, a Constituição ainda tem sido divulgada apenas entre as camadas mais cultas - as camadas mouras, mulatas, mamelucas e negras continuavam excluídas deste saber- o conteúdo da Constituição da República Federativa do Brasil. Sobre a existência de um “livrinho” no qual estão escritas as normas que dirigem os destinos da nação composta por homens e mulheres independentes de cor, raça ou condição social. Muito embora se saiba que a condição social conta e muito no momento de fazer valer os direitos.
Quem for branco e bonito de preferência, houver estudado e tiver muito dinheiro, com maior freqüência e facilidade terá seus direitos garantidos, melhores portas abertas, maiores oportunidades que as mouras sequer saberão que existe.
Neste contexto as mulheres, de certa forma continuam a ser apenas adereço num contexto social masculinizado e objetos da satisfação do bloco masculino. Décadas mais à frente, sendo elas mesmas objeto de satisfação inclusive da própria ala do mesmo gênero, contrariando a proposta divina ao criar os seres humanos: macho e fêmea para juntos construírem um lar.
“Uma ou outra mulher que estude um pouquinho mais e descubra seus “direitos” adquiridos e pouco vivenciados, pode ser calada na base da opressão sistemática, muito embora se saiba que só existem opressores porque existem pessoas que aceitam ser oprimidas. Galga-se o posto profissional e não sabem exigir o salário igual. Assédio no trabalho é crime, porém, milhares de mulheres aceitam ser chamadas de “gostosa” e outras coisas mais, ou serem bolinadas por chefes ou encarregados para manterem o emprego.
É proibido espancar-se uma mulher.
No entanto, milhares delas foram e continuam sendo espancadas diariamente, seja com porretes, com palavras, com ações degradantes que as coloca na invisibilidade. Seja invisibilidade no casamento ao envelhecerem e perceberem seus maridos tendo olhos e atenções somente para as mais novas. Ou até no mercado de trabalho onde os patrões só contratam as jovens e bonitas, muito embora teoricamente seja proibido considerar a beleza física como quesito no momento da contratação, como ocorria nos anos setenta, oitenta, quando nas placas de empregos aparecia a frase: “Contrata-se moça de boa aparência”. Hoje tal frase é considerada crime. Omitiu-se a frase não a prática.
Basta conferir se 50% das balconistas nos caixas das instituições bancária são negras, gordinhas ou feinhas? Só as bonitonas bem feitas de corpo precisam empregos, pagam impostos, compram roupas, carro, pagam escola ou aluguel? Mulheres com outro padrão de beleza vivem como faquir?
Na aviação brasileira existe “cota” onde se estabeleça que 50% das aeromoças no Brasil sejam negras? Ou o espaço de uma aeronave fica mais confortável com uma loira magricela ensinando aos tripulantes aperta o cinto de segurança, servindo cafezinho, almoço, e sorrisos?
Alguém já conferiu se 50% das funcionárias dos shopping Center nas grandes capitais do Brasil são negras de cabelo carapinhas? Ou são “forçadas” pela pressão maquiavélica do marketing perverso a esticarem sua carapinha para terem um espaço melhor que a lavanderia?
Há loiras limpando banheiros e negras nos postos como gerentes de lojas? Posso estar desenformada, fato é que nunca vi uma negra gerenciando uma rede de lojas marcas famosas. No máximo, contratam um negro como moço propaganda como ocorria na C&A nos últimos cinco anos.
Paralelamente sob a pseudo-alegação de busca por igualdade dos direitos, trava-se confrontos nos últimos cem anos como conseqüência direta da implantação da revolução industrial. Na realidade o que se buscava e continua é a “mão de obra barata” num momento em que a ala masculina estava às voltas com os embates de segunda grande guerra mundial ocorrida em 1944. Portanto, quarenta anos anteriores à Constituição da qual pouco quase nada se falava, pouco se praticava.
Mesmo hoje pouco se divulga. Faz alardes de uma data comemorativa de não sei o quê? Pois, a mulher continua a ser degradada, apesar das campanhas sensacionalistas.
Durante o período da contracultura por volta dos anos sessenta/setenta difundiu-se amplamente alguns chavões, os quais surtiram efeito forçando a liberação da mulher para sexo livre e sem responsabilidade, nada, porém no sentido de aumentar sua dignidade e respeito:
“faça amor não faça guerra”; “é proibido proibir”, “faça sexo seguro” ou “drogas to fora”. Tô fora seria uma expressão de tristeza por não ser ter acesso, ou um estímulo para fazer o adolescente pensar:
“Puxa vida, não faço parte deste grupo de pertencimento? Não estou incluso neste pertencimento drogueiro”. Tem duplo sentido, sem reflexão fica mais fácil levar embolado e cair na rede internacional.
Nesta mesma época da contracultura, nos idos dos anos setenta a dupla: Dom e Ravel cantavam uma música a qual era a chamada para o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), e era cantada dentro do programa - odiado por muitos por lembrar a época da ditadura militar - chamado “A Voz do Brasil”, cuja letra dizia:
“Eu venho de campos, tão ricos tão lindos... eu tenho sede de aprender, eu tenho a minha mão domável, então me ensine a escrever”.
Os jovens foram ensinados a se drogarem, a se prostituir, a praticarem o “amor colorido” pelos lances psicodélicos dos alucinógenos, quando deveriam ter sido ensinados a tornarem engenheiros de alimentos, desenvolvedores de tecnologias de ponta e mais, aprenderem a ler as entrelinhas da história de seu tempo, mas a grande maioria não aprendeu.
Na atualidade: “Quem pouco lê, mal fala e pouco consegue escrever que tenha bom conteúdo para a formação de opinião a favor do conhecimento cientifico, sociológico, religioso, espiritual, filosófico e político”. A geração Y, X, Z, dos estrangeirismos: copiam-se e cantam-se músicas em inglês sem saber o significado, porém, não aprendem a comunicar-se bem sequer no português. A mulher da atualidade sente-se moderna em usar uma aquela roupa X ou Y, mas não se entusiasma em aprender uma profissão que lhe dê status. Contenta-se em ler sobre o sucesso dos demais sem planejar seu próprio crescimento intelectual e financeiro.
Tem havido grande incentivo a prática da Internet dos orkuts, dos “facebookeiros” onde aqueles que não estudam sentem-se “incluídos” nas tecnologias desenvolvidas apenas por aprenderem a trocar fotos, fofocas e funkes. Utilizam as gírias aprendidas via internet nas abreviações do: VC, PQ, BJ, “mo grande”; Porém, conseguem fazer um bom vestibular e passar em primeiro lugar em medicina, advocacia, ou para carreira diplomática no famoso e dificílimo Colégio Rio Branco? Difícil, quando não, para muitos... impossível.
Porém, pouquíssimos são estimulados para estudarem e seguirem a carreira diplomática. Porque não há incentivo nas escolas públicas a formação dos diplomatas mirins? Somente para ser jogador de futebol o qual não precisa estudar nada além de dar chutes.
Para ser cantante de hip hop, funk, infelizmente sim, há incentivos. Alguns professores neófitos desperdiçam tempo em sala de aulas para ensinarem cantilenas perniciosas.
Pior, no ano passado, quando da paralisação e tomada da Heitoria houve debates entre alunos da USP visando liberação da maconha cuja contribuição para a engenharia alimentícia é ZERO de vitaminas A, B, ou C, ZERO de proteínas, e ZERO de sais minerais. Parabéns USP, pelo “incentivo” à vida através da legalização da morte.
Hoje querem legalizar também a prostituição, não um trabalho digno.
Porque o estudo da Constituição não é disciplina obrigatória desde o ensino fundamental em todas as escolas públicas no Brasil?
Ensinando-se a criança a refletir, pensar e avaliar suas decisões sejam elas pequenas ou grandes.
No entanto, é comum observar-se pais e mães incentivando os pequeninos a namorarem entre amiguinhos e até nos portões das escolas. Porém, tais mães, sequer conhecem as normas e ditames da Constituição. Mas sabem de cor sobre as brigas e namoricos dos personagens das novelas das cinco, das sete, das dez.
Neste contexto evidenciou-se extremo descuido em relação à condição das crianças e mulheres no período pós revolução industrial, período em que as crianças ficam em casa entregues aos irmãos maiores ou terceiros. O dia inteiro sem os cuidados das mães, a qual fica fora numa jornada de doze horas. Não me refiro a uma jornada diária de trabalho de seis ou oito horas e sim de doze horas como nos começos.
Na atualidade houve a redução da jornada de trabalho de doze para oito horas dentro da empresa, que somadas às quatro horas nas quais a mulher fica presas no trânsito, acabam sendo as mesmas doze horas de outrora. E quando a mulher esfarrapada de cansada chega à casa, terá que efetuar o jantar, lavar roupas, dar atenção ao marido se ainda o tiver e não quiser perdê-lo para outra com menos “afazeres”, teria que dar atenção com BOA QUALIDADE para os filhos.
Porém, eles nunca receberão tal atenção com qualidade de uma mãe estressada pelos “milhares de afazeres” mais importante que os filhos, como arrumar a casa, pintar as unhas, depilar-se para encontrar o “namorado”, esta é a realidade que o mundo moderno lhe reservou em troca de míseros centavos, aos quais chama de salário.
Problema que tem se agravado durantes as transformações vivenciadas nas décadas seguintes, após outras revoluções, processo de mundialização ou globalização, o qual muitos crêem ter ocorrido logo em seguida á revolução industrial. Particularmente sou de opinião que o primeiro processo de globalização ocorreu em Gênesis cap. 11 quando houve a primeira confusão de línguas. Surgindo a multiplicidade de idiomas e povos conseguintemente. Porém, este será tema para outra ocasião.
Mas fato é que com a identificação do processo de mundialização, a mulher passa mais tempo fora do lar, e não recebe mais proventos por tal dedicação e desperdício de oportunidade em ficar ao lado dos filhos para responder seus questionamentos.
Se um filho pergunta algo, a mãe logo grita: “Não encha o saco moleque, vai ver televisão”. O pouco tempo que passa no lar fica às voltas com cabelos, unhas, para ficar bonita para ir trabalhar na segunda feira. O que ganha em dinheiro perde em qualidade de vida, perde na qualidade da educação dos filhos que passam o dia sendo deseducados por terceiros seja em creches, na companhia de vizinhos mal pagos, ou na televisinha. Pois, uma mulher que receba mil reais e pague quinhentos para alguém cuidar de sua prole, já está no prejuízo. Para si, para os filhos, a família e a sociedade.
Filhos que estarão sendo influenciados pela visão de vida da pessoa com quem as crianças são deixadas. Se a pessoa com as quais as crianças passam o dia for uma macumbeira, existencialista, uma psicopata, uma neurótica, uma efeminada, adúltera, fofoqueira, destituída de qualquer senso ético, moral ou espiritual estará influenciando e formando a opinião de seu filho para tais direção e prática.
Existem ainda as mães que deixamos filhos ao encargo da babá eletrônica secular destituída de qualquer orientação e fundamentação bíblica saudável. A TV, ou telinha onde os grandes monstros da incredulidade, promiscuidade, sensualidade e práticas sexuais a olhos nus, o sensacionalismo em torno dos atos de ladrões que promovem arruaças e viram “estrelas” debaixo dos holofotes de programas para “alertar” a cidade para onde está o perigo.
Mostram montanhas de drogas sendo apreendidas e nunca é visualizada a incineração ou queima de toda droga apreendida. Nunca fica claro se ocorre a destruição e queima ou se o produto acaba sendo roubado e retorna ao trafico internacional? Os adolescentes estão de olho.
Sendo-lhes introjetados nas mente em branco ainda desprovidas de senso crítico que lhes dê direção para não absorverem as maldades disseminadas através dos desenhos animados e novelas com conteúdo que nem para adultos servem, são vistos pelas crianças abandonadas diariamente frente às TV’s com programas inadequados à uma boa formação espiritual.
O E. C. A. (Estatuto da Criança e do Adolescente) preconiza o abandono de fato. Quando um recém nascido é jogado num cesto de lixo. E o abandono da criança entregue nas mãos de adultos irresponsáveis, ou o abandono frente à tela da TV sem critérios fundamentados na palavra de Deus?
Quem resgatará uma alma recheada de princípios nocivos ao bom viver? Quais os princípios para a formação de um cidadão participativo na construção da sociedade lhes são passados em desenhos de lutas entre o bem e o mal, ou seja: satânicas?
Onde estão as mães para orientar-lhes? O salário mensalmente pago a uma mulher cobre a perda do filho para o trafico, para a pedofilia? Chama-se pedofilia ao relacionamento de um homem de trinta anos com uma garotinha de cinco anos. E o relacionamento de um homem de cinqüenta com a mesma menina quinze anos depois muda de nome?
A diferença de idade não continua a mesma?
A mulher foi literalmente empurrada para fora do lar, como se cuidar do lar e da formação dos filhos para atuarem na construção da sociedade, fosse um vilipêndio ou coisa vergonhosa.
A mulher fugiu da responsabilidade de educar sua prole e ficou sobrecarregada com tripla jornada de trabalhos diários em nome de falsa liberdade. Trocou-se o ambiente do lar pelo ambiente da libertinagem.
São mulheres fumantes, freqüentadoras de barzinhos, e cabarés, são mulheres dominando pesadas carretas nas estradas brasileiras ou ônibus nas ruas tumultuadas, enquanto os filhos são doutrinados por traficantes de drogas, para serem mulas no tráfico internacional, ou consumidores das drogas e as filhas prostitutas.
As crianças de hoje saberão dar continuidade ao desenvolvimento do mundo com a qualidade que o mesmo exige? Ou tornar-se-ão lacaios de uma minoria que não se submeteu a tais invasões de hábitos não construtivos para o bem comum, e inversões de valores morais, éticos, religiosos e políticos?
Gasta-se milhões construindo presídios, hospitais para recuperação de drogados e com remédios para combater males fabricados por uma sociedade fugitiva de suas responsabilidades. Seria melhor gastar-se milhões construindo escolas, e hortas nos Estados onde haja terra inutilizada, para servir de combate à fome.
Li a alguns há trinta anos, um livro escrito por Natalicio Soares, um negro professor de Historia do Brasil, quando eu fazia o cursinho pré-vestibular em Curitiba, chamado: “Nossos bosques tem mais vida”, Ed. Vozes; o qual descrevia entre outras coisas a situação da mulher negra durante o período da escravidão no Brasil.
As escravas chegavam através no navio negreiro. Após serem desembarcadas e colocadas numa espécie de “feirinha da madrugada”, para serem vendidas antes que emagrecessem ou ficassem muito doentes a ponto de não pegarem bom preço no mercado negro. Não antes de passarem por uma vistoria humilhante onde até seus dentes eram verificados para se obter melhor preço na venda da escrava.
Os senhores dos engenhos chegavam e observavam tudo: primeiros se tinham todos os dentes. Dentes quebrados era sinal de rebeldia: apanhou até se quebrarem por fugir ou por falar demais. Depois a inspeção seguia para força nos braços para o trabalho pesado. Capacidade para gerar tantos filhos quantos possíveis, inclusive do próprio sinhozinho se fossem elas de agradável aparência (leia-se belo corpo). Boa de cozinha, saber fazer quitutes gostosos para servir na casa grande, e por ai a fora.
Prof. Natalicio pesquisou jornais da época da escravatura onde apareciam anúncios de compra e venda de escravas, como se vendem animais hoje. Vende-se uma escrava boa ama de leite, boa na cozinha, forno e fogão (na cama também), boa de cargas, pesando tantos quilos. Uma inspeção física humilhante.
Outro livro lido mais recentemente, qual o autor - cujo nome perdi entre muitas anotações-, ressaltava que a mulher do século XXI é valorizada pelas medidas dos seios, quadris, pela textura e comprimento dos cabelos, calor dos beijos e tamanho de sua intimidade. E o cérebro, alma, sentimentos, emoções, intelecto, capacidade para dirigir uma nação através do embalar do conteúdo de um berço o qual deveria por ela ser educado para tomar decisões sábias não existem? Não são valorizados?
A mulher nas diferentes épocas e em diferentes culturas seja judaica, africana, árabe, ou brasileira sempre foi desvalorizada pelo universo masculino inescrupuloso, e sem temor a Deus. Teria algum valor enquanto jovem, com belo rosto e corpo escultural para satisfazer a sede masculina ou até a sede feminina por outro corpo semelhante.
Li na semana passada em um telefone público que precisei usar: “Loira escultural. Faço o que sua mulher não faz”. Notando-se extrema valorização do órgão genital em detrimento da mulher como um ser pensante com necessidades espirituais, emocionais, intelectuais, emocionais. A mulher não é só vagina e seios, o restante também faz parte da obra criada por Deus, e humilhada por satanás utilizando seres humanos masculinos para realizar a tarefa humilhante em seu lugar.
A beleza e o físico escultural é um capital fugaz, num momento vai-se.
A cara enrugada e o corpo em pelancas resultante do mau uso substituirão qualquer corpo escultural. Também a força e energia para o trabalho ou sexo cedo ou tarde se acabam. Compensará a inversão de valores, ao valorizar-se apenas o capital corporal em detrimento do capital educacional, intelectual e espiritual?
Vale a pena um dia internacional para a mulher, num contexto cultural onde apenas sua genitália é valorizada em troca de tantos transtornos e perdas no plano divino, para si própria, para família, e sociedade em constantes transformações?
Não houve mudança real e sim ilusória. Uma data não muda uma mente. Só o evangelho, o poder de Deus e boa educação com boa qualidade pode mudar uma mente retrógrada que aceita ser valorizada pelo corpo que possui. O corpo da mulher é o envólucro e extensão do seu ser, não é apenas a única parte importante.
A mulher é mais que um corpo escultural e uma genitália. É um ser humano com necessidades especificas de amor, companheirismo, afeição, cuidado, e compreensão independente de sua idade. A mulher idosa tem desejo de afeto talvez em maior escala que as jovens no entanto, são as que nada recebem, salvo raras exceções. Cooperaram com Deus não apenas na reprodução e aumento da população mundial, mas também na formação do caráter do grupamento populacional e deve ser valorizada por tamanha contribuição.
A valorização da mulher apenas pelas suas características sexuais é grande erro e preconceito milenar: Um Golias a ser derrubado não apenas no Dia Internacional da Mulher, e sim todos os dias do ano, todos os dias, todos os anos!
Deus tem promovido a valorização feminina desde que Jesus olhou para a mulher adúltera dizendo: Vá e não peques mais. Ele não legalizou o adultério como querem fazer crer alguns homens - inclusive pastores- adeptos do segundo e terceiro casamento em detrimento da primeira união. Temos muito que aprender com Jesus e a palavra de Deus. Deus já derrubou tal Golias, na vida daaueleas que o aceitam como salvador, senhor. Aquelas que já tiveram suas histórias de vida reescrita pelo evangelho de Cristo, não apenas proposições de Igrejas.
“DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER”- Um Golias a ser derrubado não apenas no Dia Internacional da Mulher, mas em todos os anos na vida de quem ainda não teve sua história de vida mudada por Deus! O Deus que não discrimina, no entanto, não é conivente com erros quaisquer.
Que seja este um dos desafios para este ano 2013, o ano da alegria completa para a mulher, outrora desvalorizada a milênios.
Jesus estabeleceu sua valorização. Vá e não peques mais.
Quem é o homem para quebrar tal decisão vinda das mãos de Jesus?