Povo de Deus
Todos nós nos apresentamos como filhos de Deus, independentemente de sermos indisciplinados, infratores ou fora da lei. Ninguém quer ser filho de outro pai. Por conseguinte, somos todos irmãos. Então, se somos irmãos, só desejamos o bem ao próximo.
Será isso uma verdade?
Já vem de longe o ódio de irmãos contra irmãos. Como dizia Luiz Gonzaga: “tá na Bíblia”. E, por sinal, ainda no Velho Testamento, no livro do Gênesis, a partir de Caim e Abel. Muito tempo se passou até o nascimento de Jesus, o maior exemplo de amor ao próximo, na história da humanidade. Entretanto, nem Ele mesmo conseguiu consolidar no espírito humano esse tão nobre sentimento que deveria estar enraizado no coração de todos os filhos de Deus. É evidente que todas as religiões do mundo têm como premissa básica pregar o bem a todas as criaturas. Mas, o homem, por natureza, é desobediente. Não cumpre as leis divinas nem as humanas. E, por ser o único animal dotado de inteligência, que é a capacidade de pensar, querer e agir, torna-se um ser perigoso.
Por isso, desde os primórdios, os homens guerrearam entre si. Mesmo diante de sua natural evolução, a guerra não acabou. Pelo contrário, modernizaram os seus instrumentos, aumentando a capacidade de destruição. Ainda assim, ninguém se apresenta como “filhos do demônio”. Todos reivindicam a mesma paternidade, os filhos de Deus. E assim vivemos assustados, com medo dos nossos "irmãozinhos". Lamentavelmente, ainda no século XXI, é assim “O Povo de Deus”.