TRANSPARÊNCIA versus LEGITIMIDADE

TRANSPARÊNCIA versus LEGITIMIDADE


Acontecimentos recentes são testemunhos de que as mudanças tecnológicas e as pressões sociais, além da competição, cada vez mais exigirão transparência.
Pouco a pouco, estes fatores e outros mais, clareiam instituições governamentais e religiosas, minimizando os segredos guardados nos porões da corrupção e impunidade.
Um fato que chamou a atenção do mundo nas últimas semanas, foi a renúncia do papa Bento XVI, justo num momento em que muitas denúncias vieram à tona, referente à corrupção, pedofilia e crise no banco do Vaticano.
Estudiosos no assunto afirmam, que a transparência será prioridade para a Igreja Católica aumentar o seu rebanho, visto que não será fácil para o novo papa, cumprir seu papel de “pastor do século XXI”.
As facilidades criadas pelas novas tecnologias , possibilitam cruzar dados, conectar departamentos governamentais e empresariais. Facilidades estas, capazes de aumentar a transparência nos diferentes setores.
O consumidor também possui um importante papel no monitoramento da qualidade dos produtos, tendo como aliado o PROCON, para dar respaldo a possíveis reclamações de produtos e serviços, que não apresentam todas exigências regulamentadas e dados necessários sobre o produto nas embalagens.
A própria competitividade empresarial, leva as empresas a gerir seus negócios com mais transparência, dando oportunidade aos seus funcionários para melhor conhecer e participar ativamente de todas as atividades da empresa em que atua.
Até a mídia, clubes esportivos, terão que agir com maior rigor e abertura para merecer credibilidade junto a seus consumidores e associados.
Com tudo isto, os órgãos governamentais, a política em si, terão que acompanhar este movimento, permitindo uma maior fiscalização da parte de todos representantes de entidades civis.
“As Leis de Responsabilidade Fiscal e do acesso à Informação” vieram para auxiliar a transparência.
No Brasil, o movimento ainda é lento, mas com o auxílio da imprensa, órgãos de controle e as ONGs, principais denunciadores da corrupção, cada vez mais a transparência será exigida e monitorada.
Segundo Fernando Abrucio o “sucesso de uma política depende muito da capacidade de prestar contas e responder ao cidadão”. Cidadão este, que tem papel  primordial no processo de fiscalizar e exigir transparência, evitando assim, as maquiagens. Ferramentas que servem para camuflar contas e dados, além da corrupção. Tudo em prol da legitimação dos diferentes processos.


Escrito por Cristawein

Baseado em reportagem da revista Época, ed 770.


Cristawein
Enviado por Cristawein em 27/02/2013
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T4163349
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