O Yng e Yang - Diversidade ou unicidade
Alguns autor@s levantam a questão do masculino e feminino existente em nós como uma forma de prevalência ou dominação do masculino sobre o feminino – colocando a mulher sempre numa situação passiva no aspecto físico, na condição de receptora, e o homem como o ativo. Não me resumirei aos aspectos físicos, mas sim, do ponto de vista dos campos energéticos existentes no homem e na mulher.
Todos nós temos nossos campos energéticos compostos do Yin e do Yang ora um é prevalecente sobre o outro – isso depende de diversos aspectos e situações vivenciadas durante nossa existência. Não podemos remeter a “passividade” ou “meramente receptora” ao sexo feminino – até por que este conceito na sociedade atual não se concebe mais. Por outro lado, o aspecto “positivo”, ou seja, o ativo não é uma particularidade do homem – encontra-se presente, mas mão é determinante. Tantos os polos positivos e negativos (ativo ou passivo), fazem parte da personalidade humana, sem distinção de sexo.
É bom ressaltar também – e, aqui não me refiro a nenhum estudo científico, mas sim e somente, a observações empíricas; que campos energéticos não estão somente presentes nos seres humanos, ditos racionais. O Yin e o Yang é a constituição das espécies, estando presentes também nos reinos animal e vegetal, Os campos energéticos são mutáveis a partir dos fenômenos da natureza: sol e chuva, claro ou escuro; quente ou frio, movimentos orbitais, etc. A exemplo os processos reprodutivos a polinização.
Carl Jung conceitua estes aspectos como o anima e o animus – leia-se masculino e feminino. Esta é uma colocação de forma resumida. No meu entender é necessário levarmos em consideração às relações de complementaridade – a parte que contribuem para a constituição do todo, mais ainda, em determinados momentos e situações, visto que é fundamental o respeito a individualidade.
A dimensão humana tem inúmeras variáveis que são inerentes a personalidade e caráter da cada um: as questões emocionais, a intuição, a sensibilidade, criatividade, imaginação, comportamentos sociais, etc. Enfim, impossível fazermos previsões sobre cada um destes, pois são realidades diferenciadas. O importante é ressaltar que nesta polaridade e a diversidade encontramos – se tivermos o bom senso e a boa vontade; um ponto de equilíbrio que é onde encontra-se a riqueza. É esta diversidade que é a força da evolução humana e leva a unicidade.
Faço esta leitura na seguinte perspectiva. No meu ponto de vista, necessário se faz um repensar os modelos mentais “aparentes” do comportamento social atual. “Aparentes”, enquanto exteriorizados e vistos como estereótipos calcados em crenças, princípios e valores muitas vezes “dogmatizados”.
Os agrupamentos sociais os reproduzem de maneira estigmatizada na maioria das vezes sem nenhum questionamento presentes e inerentes a natureza humana – sejam estes no ambiente interno (endógeno): personalidade e caráter; ou nas relações exteriores (exógeno), os papéis sociais, profissionais, familiar, etc.
Creio que este exercício reflexivo/meditativo (digo até contemplativo), nos levaria a construção coletiva de conhecimentos e o estabelecimento de novos paradigmas, que possam contemplar os desafios atuais da sociedade moderna. Minha principal preocupação é remetida para o ambiente familiar – sem a repetição do velho “chavão” que a família é o principal ambiente de socialização da pessoa. Não o é, é importante mas não o único. Com todas as transformações dos dois últimos séculos nos trazem novos desafios a serem enfrentados, na vida “moderna”.
O nó crítico para mim no momento atual é a institucionalidade. Exemplifico citando o que está no cotidiano da mídia nos últimos dias, o que me levou a estes escritos. O estado e as instituições – principalmente as de “caráter religioso” (ressalvo nem todas) tendem a investir esforços no status quo vigente. Tal fato se dá, em função da manutenção de seus interesses, estes marcadamente de cunho material; resumindo: poder e dinheiro. Afirmo, com grande preocupação (é lógico), que “entre o comportamento de alguns líderes religiosos (alguns deles, também políticos) e a nossa classe política – em todos os níveis: municipal, estadual e federal; com algumas ressalvas; pouco ou em quase nada (no que se refere ao discurso e a prática) se diferenciam a de um chefe do tráfico.
O meu pensar e sentir – e aí cabe a nós uma reflexão: Qual a influência e rebatimento têm essas práticas nas nossas crianças, jovens e adolescentes. Nossa futura geração.
Existem contradições entre o que escrevo e minha prática? Evidente que sim! O que nos resta saber é quais são os reflexos e influências no meio familiar e social em que convivo e quais às mudanças e contribuições – para melhor ou pior - que minha prática tem contribuído.
Paulo Augusto Menezes
10/Fevereiro/2013