BBB - Boates e Baladas do Brasil
Segurança na balada...
Mas há de se considerar muitos aspectos da "segurança" dos frequentadores, por exemplo, a segurança moral, tida como tão importante pelos pais que têm filhos frequentadores de baladas, os quais nesses contextos estão sujeitos à embriaguez e ao entorpecimento pelas drogas, além da decadência erótico-afetiva. Tais locais costumam ser pontos estratégicos de comércio de drogas (muitas delas potentes), povoados por traficantes e consumidores. Ocorre também o farto consumo de bebidas alcoólicas, com crises que desencadeiam perdas motoras e de consciência nos consumidores. Parte do contingente dirige automóveis no regresso aos lares, ou em continuidades das noitadas... por vezes acarretando acidentes de trânsito, alguns trágicos. Antigamente, determinadas boates eram popularmente conhecidas como "inferninhos", sugestiva adjetivação...
Reflexão: Vale a pena pensar tanto na segurança da infraestrutura e na liberação para funcionamento desses estabelecimentos, se o conteúdo do entretenimento não justificar? Em certos casos, metaforicamente, seria como cuidar muito bem das instalações de uma câmara de gás, para que os frequentadores fossem "bem" recebidos...
Cabe repensar as fiscalizações em ambientes de baladas, com o espectro analítico mais amplo, que leve em consideração as tragédias sociais advindas indiretamente das baladas promotoras de drogas, alcoolismo e "Sodoma Revival". Recomenda-se essa ponderação, concordante e extensiva do que se expressa no documentário Repórter Record, de 26 de fevereiro de 2012: www.youtube.com/watch?v=3AKztyMq3qY
Augusto Matos
Post scriptum:
"Nunca gostei daquele lugar. Para mim, aquilo era um inferninho", disse o vendedor Tarso Santos, ao sair da delegacia em que pegou os pertences recuperados de sua filha Taise, uma das 235 vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido no domingo (27). Trecho acessível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/31/pai-recupera-bolsa-de-filha-e-chama-boate-kiss-de-inferninho.htm