A PIRÂMIDE EM RUÍNAS
Projetada por Oscar Niemeyer, a pirâmide do planalto está quase em ruínas. Conhecida como Teatro Nacional de Brasília, nele concentram-se três belas salas de espetáculo. A principal, Sala Villa Lobos, com capacidade para 1200 pessoas sentadas, é a maior e mais luxuosa, originalmente destinada a concertos da Orquestra Sinfônica, óperas e balé; a Sala Martins Pena, na entrada oposta, exclusivamente para teatro; e a Sala Alberto Nepomuceno, a menor, onde grupos musicais de menor porte (quintetos, duetos, etc.) se apresentam.
Em privilegiada localização, à direita do início da esplanada, o Teatro Nacional, marco de referência no conjunto arquitetônico da capital federal, mais uma vez será interditado para reforma. Houve um período de quase 10 anos em que ele ficou fechado, entregue às baratas, ratos e cupins; mas, ainda na vigência do regime militar, foi reaberto em grande estilo e mantendo suas características e finalidades. Depois, com os sucessivos governos e as mudanças político-administrativas da Secretaria de Cultura do DF, tudo tomou outro rumo e todos os espaços que compõem o complexo da pirâmide foram perdendo suas características e distanciando-se dos objetivos a que foram destinados.
Como se não bastasse o comprometimento de toda estrutura física e técnica dessa obra monumental, o Teatro Nacional submete-se a um gerenciamento voltado para as normas do populismo, abrindo-lhe as portas para qualquer tipo de apresentação ao público em geral. Disto resultou a danificação de todas as salas, sendo a Villa Lobos a mais afetada desde quando passou a servir de palco para a música popular de todos os estilos; desde a MPB, o rock, até danças de rua. A “galera tomou conta do pedaço”. Os “malas” ficam de pé nas poltronas, fumando um “baseado”, derramando bebidas nos tapetes, manchando e rasgando o verde veludo que envolve, poltronas, piso e paredes. Quebram pias, vasos sanitários, promovem a zorra e deixam o mesmo estrago que faz nos shows abertos. Tudo sucateado nesses últimos anos, não só pelo público, mas também pelo governo dilapidando um dos mais belos, curiosos e significativos monumentos da capital do país.
Projetada por Oscar Niemeyer, a pirâmide do planalto está quase em ruínas. Conhecida como Teatro Nacional de Brasília, nele concentram-se três belas salas de espetáculo. A principal, Sala Villa Lobos, com capacidade para 1200 pessoas sentadas, é a maior e mais luxuosa, originalmente destinada a concertos da Orquestra Sinfônica, óperas e balé; a Sala Martins Pena, na entrada oposta, exclusivamente para teatro; e a Sala Alberto Nepomuceno, a menor, onde grupos musicais de menor porte (quintetos, duetos, etc.) se apresentam.
Em privilegiada localização, à direita do início da esplanada, o Teatro Nacional, marco de referência no conjunto arquitetônico da capital federal, mais uma vez será interditado para reforma. Houve um período de quase 10 anos em que ele ficou fechado, entregue às baratas, ratos e cupins; mas, ainda na vigência do regime militar, foi reaberto em grande estilo e mantendo suas características e finalidades. Depois, com os sucessivos governos e as mudanças político-administrativas da Secretaria de Cultura do DF, tudo tomou outro rumo e todos os espaços que compõem o complexo da pirâmide foram perdendo suas características e distanciando-se dos objetivos a que foram destinados.
Como se não bastasse o comprometimento de toda estrutura física e técnica dessa obra monumental, o Teatro Nacional submete-se a um gerenciamento voltado para as normas do populismo, abrindo-lhe as portas para qualquer tipo de apresentação ao público em geral. Disto resultou a danificação de todas as salas, sendo a Villa Lobos a mais afetada desde quando passou a servir de palco para a música popular de todos os estilos; desde a MPB, o rock, até danças de rua. A “galera tomou conta do pedaço”. Os “malas” ficam de pé nas poltronas, fumando um “baseado”, derramando bebidas nos tapetes, manchando e rasgando o verde veludo que envolve, poltronas, piso e paredes. Quebram pias, vasos sanitários, promovem a zorra e deixam o mesmo estrago que faz nos shows abertos. Tudo sucateado nesses últimos anos, não só pelo público, mas também pelo governo dilapidando um dos mais belos, curiosos e significativos monumentos da capital do país.
Novamente, a partir de julho, o Teatro Nacional de Brasília será fechado para reforma. Daí espera-se não apenas uma maquiagem para dar boa aparência ao "sepulcro caiado", mas verdadeira e completa reedificação em toda a sua estrutura, como também na política que o administra. (O governo Cristovam tentou acabar com a Orquestra Sinfônica). Que sejam capazes de, respeitando a igualdade de direitos ao acesso de todos a um espaço público, tenham também suficiente competência para educar e disciplinar o variado público que ali comparece. O Teatro Nacional é um espaço público, sim. E como tal, é pelo mesmo público mantido, na condição de contribuinte, o que não lhe dá o direito de ser depredador.
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