Aliciamento
Antigamente emprega-se muito, meninas, como babás e faxineiras, para dormirem nas mansões a semana inteira e ir em casa a cada 7 ou 14 dias. Eram uniformizadas e tinham um quarto separado na área de serviço.
Aquela menina com doze anos de idade era bonita e educada, despertava fantasias em alguns homens.
Foi numa sexta-feira a noite que a menina foi aliciada por um idoso dentro de um ônibus urbano. Sem maldade ela desceu com ele e após saírem da avenida seguiram por um beco que a fez reagir. Resolveu voltar e sentiu a mão do homem segurando seu braço, soltou-se e correu para a avenida ouvindo palavrões. Bateu no portão de uma casa qualquer pedindo socorro, foi quando uma senhora a abraçou e a acalmou. Levando-a depois para a casa, onde a mãe a esperava aflita.
Essa menina cresceu, teve amizades masculinas e femininas, mas tinha certo receio em namorar.
Até que conheceu o amor, surgido das trocas de olhares e muito respeito. Não se casou com seu primeiro amor. Por um deslize dele, com outra menina ela não o perdoou e não o quis mais, casando-se com outro, não foi feliz como pensava, mas sobreviveu.
Atualmente está com os filhos criados e já chegou aos cinquenta anos, mas em sua mente, ás vezes ecoam os gritos daquele malfeitor.
Ainda vê na televisão ou internet casos de estupro e pedofilia, revolta-se, por ainda hoje, existirem pessoas capazes de ato tão covarde. Mentes doentes, falta de respeito ao próximo ou punição mais severa?