O HOMEM NO MUNDO GLOBALIZADO
Enquanto alguns pesquisadores, cientistas, geógrafos e historiadores acreditam que a globalização teve início com as grandes navegações europeias e se desenvolveu na Revolução Industrial, outros a tratam como um fenômeno moderno que teve início depois da Segunda Guerra Mundial, mas a verdade é que a globalização vem de longa data, desde os tempos em que povos primitivos passaram a explorar o ambiente em que viviam, fazendo contato com outros grupos tribais. Marcos como As Grandes Navegações e Revolução Industrial realmente intensificaram os estágios de globalização, porém ela já havia surgida e, por muito tempo, passou despercebida.
Sabemos que o mundo nunca parou de se aprimorar e para perceber isso basta olharmos à nossa volta. A globalização está presente na literatura, nas músicas, nos filmes, nas notícias e a sua característica mais notável é a presença de marcas mundiais. Ela é ainda um processo em curso de integração de culturas, linguagens, comunicações, economias e mercados nacionais e internacionais, haja vista que na globalização, todas as nações da terra trocam informações, culturas, linguagens e mercadorias. A globalização é um fenômeno capitalista complexo que afeta todas as áreas da sociedade, principalmente nos transportes, no comércio internacional, na comunicação etc. É impossível falar de globalização sem falar da internet, que a cada segundo nos proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Através da rede conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que moram a milhares de quilômetros de distância, trabalhamos e ainda podemos nos aperfeiçoar cada vez mais nos assuntos ligados a nossa área de interesse. Através dela, muitos negócios são firmados diariamente.
Globalização é a conectividade das diversas partes do planeta. Para que essa ação de integração se concretize de maneira satisfatória o homem necessita estabelecer fluxos de informação, de pessoas, de capitais de mercadorias, de bens de serviços etc. A globalização, por si só, carece desse nexo, precisa desses fluxos para se concretizar, para se consolidar. Para que esses fluxos aconteçam o ambiente requer boa infraestrutura, isto é, bons meios de transporte e bons sistemas de comunicação. Assim, para que a conectividade seja potencialmente atingida são necessárias boas rodovias, boas ferrovias, bons portos, o sistema de comunicação, bem como o sistema aeroviário precisam estar bem estruturados, a internet tem que estar bem estabelecida e os serviços de telefonia precisam estar bem implantados no território para que esses fluxos se realizem com qualidade e o processo de globalização venha se consolidar.
Aqui no Brasil, por exemplo, os Estados do Sudeste e da região Sul possui mais infraestrutura para se integrar ao processo de globalização. Essas diferenças regionais explicam também a questão global, haja vista que sabemos que, mundialmente, a globalização não é essa maravilha que permite grande integração. Verdade é que ainda existem fortes barreiras políticas e migratórias, isto é, as pessoas até conseguem circular motivadas pela melhoria no sistema de transporte, mas nem todas as pessoas conseguem exercer o direito de circular livremente pelo planeta!
Qual o real papel do homem que vive no mundo marcado pelo processo de globalização? É necessário olhar não somente à sua volta, mas para todo o globo. O atual mundo está sendo comandado pelas grandes potências, o Estado abre mão de sua soberania nacional favorecendo as grandes empresas multinacionais e o ser humano se torna cada vez mais frágil em meio à grandeza do Universo. Viver hoje é correr riscos. A vida humana está ameaçada em consequência das alterações sociais e ambientais: aquecimento global, mudanças climáticas, guerras, desigualdades, desmatamento, queimadas, poluição, pobreza, injustiças e violência.
Certo é que a ideia de uma sociedade globalizada, nos tempos atuais, gera grandes desconfortos. A multiplicidade dos pensamentos que nos consomem aos poucos e a abundância de indagações que ficam sem solução somente faz aumentar a dúvida do homem em relação aos conceitos do futuro, na tangente do mundo que nos rodeia.
Fatidicamente, o homem ainda estar muito longe do dia em que a sociedade será legitimamente global, pois isso somente será possível quando o próprio homem deixar de ser uma máquina e se transformar em humano, tomando consciência da sua liberdade como valor absoluto; ter consciência dos patamares de igualdade que abrange os grupos sociais que pertença e ter uma consciência global, de uma humanidade que interioriza as profundas diferenças existentes entre os povos do mundo inteiro, compreendendo-as, aceitando-as e defendendo-as.