FLANELINHA
FLANELINHA
Posso tomá conta, moço ! Como essa frase machuca, é frustrante e decepcionante. Ali está um menino, não importa a idade, que não é, e muito certamente jamais terá possibilidade de ser um cidadão. Provavelmente, daqui há algum tempo, fará parte das estatísticas da criminalidade. A cara de um rosto sem feições, sem identidade, dormindo em cova funda, encovado por drogas, traficantes e outros drogados. Não há rua, travessa, avenida, viela, que não se escute a frase “ Posso tomá conta, moço”, e a gente empurra a moeda que compra uma vida e vende uma alma ao diabo. Depois em casa liga a televisão e assusta-se com a onda de violência.
“ Posso ir a escola, moço “