Crianças de ontem, crianças de hoje. Uma triste verdade!
Nas tardes de domingo, a criançada brincava lá fora com os pés no chão, correndo pra lá e pra cá, na chuva ou no sol, sendo crianças. As crianças de ontem não eram como as de hoje, sabiam brincar, eram bondosas e além de tudo, eram felizes.
As crianças de ontem não eram como as de hoje porque não queriam ser como adultos. Essas crianças do passado não se preocupavam se o cabelo era liso ou enrolado, não ligavam em se lambuzar com terra e água. O que mais me dá saudade quando vejo as crianças de hoje, é que elas simplesmente eram crianças. O fato é que hoje pais e mães querem transformar seus filhos em máquinas e réplicas de adultos frios e com uma personalizada motorizada.
As crianças de hoje não se comparam as crianças de ontem não porque sabem mais, mas por saberem o que não deveria saber. Outro fato é que pais não ligam em falar abertamente sobre conversas sensuais perto de seus queridinhos. O que é mais pavoroso são os pais dizendo – O que aconteceu com o meu filho? – sendo que eles mesmos não perceberam no que transformaram. Não que as crianças de ontem tenham sido extintas, mas é triste saber que tantas vidas em formação estão sendo monitoradas por adultos imaturos.
Pois bem, deixem que seus filhos e anjinhos cresçam sujando seus pés, correndo ao ar livre, sendo crianças enquanto a tempo. Transformar essas pessoas indefesas em meros robôs não é o correto, além do mais, todos nós tivemos a hora certa de crescer.
O meu protesto não é feito contra crianças, mas sim contra pais que permitem esse estilo de vida chegar até a elas. É como se eles aprovassem que sua filha com nove anos de idade ou menos, saísse de sua residência como se fosse uma adulta, com maquiagens, chapinha e tudo mais. Cá entre nós, que ser desprezível é esse ser humano, que transforma seus filhos em miniadultos, que na verdade, viram máquinas de fazer dinheiro.