Corporativismo
Nas maiores cidades do Estado do Rio Grande do Sul todas as repartições públicas estão com lotação de pessoal pelo menos na linha do “razoável” – pode até não ser boa ou a melhor – mas a situação das repartições é minimamente aceitável. Imagino que isso deva ocorrer também em outros Estados da Federação Brasileira . E isso vale para absolutamente todas as repartições públicas, tanto Estaduais como Federais.
Contudo, nas pequenas cidades a situação de carência e penúria é assustadora e não é em vão que os bandidos estão optando por atacar nas pequenas cidades do interior. Imitando os predadores na natureza, os bandidos ( que são predadores sociais ) , atacam os mais frágeis, pela simples razão de que assim sofrem menos com os efeitos colaterais do ataque . A reação de defesa dos mais fortes sempre machuca mais ao predador agressor ...
Em São Sepé no interior do RS, por exemplo, a situação de algumas repartições beira muito ao ridículo, como é o caso da Delegacia de Polícia onde se chegou ao cúmulo de se ter uma infeliz Delegada de Polícia sendo ladeada por dois (02) agentes policiais para uma cidade com mais de 20.000 habitantes e que figura entre as mais violentas do Estado – estatísticas disponíveis a qualquer pesquisador.
O corporativismo das instituições públicas impede que muitas verdades venham à tona e uma dessas verdades é que em cidades dotadas de boa infraestrutura, com escolas e faculdades para os filhos – bons hospitais – schoping Center, etc e tal , nessas não há problema de lotação de pessoal . Criou-se no País um poder “oculto” formado pela casta de servidores públicos de alto escalão que parece se “servir” do estado, ao invés de colocar a máquina pública a serviço da comunidade. É uma vergonha !
É um debate que tenho a certeza será inaugurado em artigos e crônicas independentes como esta que escrevo neste momento e que, só depois irá ganhar espaços na grande mídia, comprometida e parcimoniosa . Quando a população partir para a desobediência civil, quanto os ataques a ônibus, trens , praças, etc , tornarem-se insuportáveis e a Polícia Militar abandone, por exemplo, sua “briga” com outras forças pela “exclusividade” do policiamento ostensivo, quem sabe só aí a poderosa imprensa abra espaços para discutir o corporativismo. Por enquanto, somos nós , os outros brasileiros que pagam impostos , as vítimas desse poder oculto ...