A fragilidade da vida

Hoje o que me acordou não foi a musiquinha de piano do despertador do meu celular, mas um som diferente, e um tanto assustador, pouco antes das seis da manhã.

Com um terror repentino me vi desperta, mesmo antes de entender a que se referia aquele barulho. Atordoada, pulei da cama, sem saber se o que ouvira era som de tiros. Mas o carro que passou em frente a minha casa em alta velocidade, e os gritos desesperados de uma mulher, me fez pôr os óculos, abrir a porta, e correr para a rua.

Só então, pelo alvoroço daquelas pessoas que rapidamente se amontoavam, soube que se tratava de um crime. O “Cição”, ou o “Ciço da Dorisneide”, como era mais conhecido, a poucas casas da minha, foi surpreendido pelo criminoso que, descendo do carro, aproximou-se dele, fez cinco disparos, e seguiu em disparada rumo à BR. No corpo imóvel posto dentro do carro que prestava o socorro, os indícios da morte.

E enquanto as vozes especulavam razões para aquele ato criminoso, eu e meus pensamentos, em absoluta desordem, fazíamos as reflexões de sempre, diante de uma situação dessas. Fico pensando o que leva um ser a tramar, agir na surdina, para tirar a vida do outro. Deus me livre!

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 08/10/2012
Reeditado em 15/03/2013
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