Um mais um quase igual a três

Um mais um quase igual a três.

Um colega me mandou agora (ago/2012) uma nota em relação ao assunto dos “fichas sujas” (os que foram identificados em maracutaias contra o povo – a quantidade dos que fizeram sem deixar rastros é bem maior).

Cheio de orgulho ele alega que o PT é apenas o oitavo em quantidade de pilantras apanhados com a boca na botija. Que na frente deste partido existem vários da oposição.

Como se isto fosse tranqüilizador e solução para nossos problemas a partir de agora.

Tal registro apenas mostra que não temos escapatória. Se estamos descontentes com a atual linha de integrantes do governo (todas as esferas) em relação a abafar os escândalos de seus adeptos (muitos não estão na relação dos “fichas sujas” porque foram bem blindados e provas sumiram ou foram arquivadas sem cerimônia em troca de algumas promoções no judiciário), ao votarmos no grupo da oposição estaremos passando o controle aos partidos cuja ideologia é “formar” tantos trambiqueiros quanto se faça necessário. A cada pleito surgem “novos talentos” criando novas “leis” que nos ferram e beneficiam os patrocinadores das campanhas eleitorais.

Estas “leis” são acompanhadas de “brindes” do tipo: show artístico grátis na praia, futebol com ingresso a R4 5,00, finais felizes nas novelas e um “gênio” vencendo a maratona agora incorporada ao programa anual da cultura: Big Besta Brsail.

Em suma: os imbecis sem chances de estudo votam em quem lhes compra uma centena de tijolos. Representam 80% do eleitorado.

Os medianos (que até acessam a Internet e se rotulam de “informados”) votam no “menos pior” (equivalente ao alimento com menor tempo de validade vencida). São quase 15% de eleitores.

Os integrantes das elites votam nos que investem financeiramente para vencer (em troca de licitações antecipadamente decididas).

Os lúcidos formadores de opinião, que alimentam a esperança que um grande cataclismo natural balance a sociedade obrigando-a aprender para se reerguer, votam nos honestos que não possuem chances de chegar ao topo da cadeia governamental.

Somando estes dois últimos citados, não chegamos a 3%.

Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ

Autor dos livros: Brinque e cresça feliz / Sinuca de bico na cuca