Hospital da grande Florianópolis não consegue atender a demanda de consultas agendadas

SAÚDE

Hospital da grande Florianópolis não consegue atender a demanda de consultas agendadas

Flagrado superlotação no ambulatório do hospital infantil em Florianópolis. Na tarde desta terça-feira (04/09) o “Grupo B” que atende a consultas agendadas contava com mais de 60 pessoas a espera de atendimento médico. Muitas das quais oriundas de outros municípios.

Se as consultas são agendas, e para se agendar espera-se por meses e até anos. A questão é por que não se teve o cuidado de fazer o agendamento de forma que houvesse um número aceitável de pacientes para o dia do atendimento. Se estivéssemos numa emergência podia-se dizer que não poderia ser planejado, mas para num ambulatório, isto não é admissível.

Um pai que não quis se identificar disse que iria consultar o filho com uma das médicas de vista, a doutora Tereza. O menino tem estrabismo. Os pais, que acompanhavam a criança relatam-nos que vinham de Morro Grande, 60 km de Criciúma. Aguardavam a pelo menos quatro horas.

Os hospitais de Florianópolis não dão conta da demanda. Muitos municípios não têm seu próprio hospital; o que acaba por congestionar os da capital. O hospital Infantil Joana de Gusmão, é um dos exemplos.

Ivete relatou-nos o problema da filha de 26 anos, que tem apenas 20% de visão de uma das vistas. A filha de Ivete perdeu a visão devido a uma toxoplasmose. Agora ela precisa fazer uma cirurgia para retirada total do globo ocular. A cirurgia é urgente e precisa ser realizada o mais rápido possível. Pelo SUS as vagas para consulta, não para cirurgia eram somente para janeiro ou março. Ivete que também tem outro filho de 14 anos trabalha de 2ª. a sábado, paga aluguel e ainda ajuda a cuidar da netinha. Uma cirurgia particular custa o equivalente a R$ 5 mil reais.

João Feliph tem 1 ano e 3 meses e pesa apenas 8 quilos, a mãe do menino Natieli Mendes Estrada, conta que mora em Palhoça no Jardim Eldorado e que procurou a assistência social do município e lá lhe informaram que não haveria entrega do leite cujo o garoto necessitava. Foi aconselhada a procurar um advogado para tentar exigir seus direitos. Além de desnutrido, magro, João Feliph está com anemia. Como a mãe é carente não consegue comprar um dos remédios, Adtil, já que o sulfato ferroso ela pega no posto de saúde. Mas o que Natieli quer mesmo é conseguir fazer com que o menino ganhe peso.

Outro caso é de Kauam Posanski de 9 anos de idade. Sua avó veio de Indaial somente para marcar a consulta. E a marcação via sistema? Via posto por que não funciona? A resposta é simples esse sistema realmente não funciona nem quando diz funcionar. O menino tem glaucoma há 5 anos e nem mesmo o acompanhamento e o tratamento médico ele consegue fazer por que não existe vagas. E em sua cidade não há especialistas na área. A avó do menino a Sra. Maria Marilza Batista conseguiu uma consulta para janeiro do ano que vem. Enquanto isso, a doença vai agravando, o menino pode perder a visão se não for tratado a tempo.

Fotos e imagens: Ismênia Nunes

ismenianunes_jornalismo@yahoo.com.br

Contatos com mães

- Ivete (Caso toxoplasmose -(48) 8475-9806/ 9637-6506

- Kauam menino de nove anos (avó Maria Marilza Batista, mãe – Marlucia Aparecida Batista – (48) 9169-8008 / Endereço da avó - Rua Dr. Blumenau, 16 Indaial – Entrada com a Rua Bom Retiro – Bairro Encano Baixo - Mercado Super Pik.

- João Feliph 1 ano e 3 meses desnutrido mãe Natieli Mendes Estrada - Fone (48) 8427-3395 - Jardim Eldorado em Palhoça.

Ismênia Nunes
Enviado por Ismênia Nunes em 05/09/2012
Código do texto: T3867582
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