Por que o amor triunfa?
Desde que o mundo é mundo, não há relato histórico que não se enxergue a faceta da maldade. Entretanto, não há história que sobreviva se depois de um gesto de maldade, não existir tanta comoção e tanto solidariedade por parte daqueles que comungam com o amor. Será que o destino do ser vivo é viver esses dois polos de extrema incompatibilidade, como se tudo não passasse de sina humana inerente ao seu lado evolutivo? Segundo a doutrina de Kardec a resposta é positiva. As pessoas passam pelos ‘perrengues’ para evoluírem como seres humanos.
Quando a gente vê tanta maldade, a primeira indagação que vem à mente é como alguém pode ser tão frio e tão insensível com a dor alheia? O pior é que não existe lógica na maldade. Sim, porque a maldade nunca leva a nada. O muito que alguém pode conseguir sendo maldoso é a cadeia ou uma vingança que pode vir atrelada ao mesmo estilo truculento. Aliás, o maldoso jamais terá um amigo sincero, porque as pessoas de mesma índole que se atraem nunca serão capazes de expressar um elo de aproximação sadio e puro, porque a própria constituição do vínculo vem misturada com a imperfeição do caráter. O muito que um bandido possui como partilha é a anuência sobre a sua índole nefasta. Ou melhor, quem é bandido só atrairá sobre si pecha cinzenta da discórdia.
Não comungo com aqueles que defendem o histórico das pessoas más como algo inerente à sua formação de caráter. Explico: Existem pessoas que tentam explicar que o sujeito aderiu à vida malvada, porque, na sua infância, ou na sua esteira da sobrevivência passou por momentos de sofrimento e com isso criou sobre si uma carapuça maldosa para poder se defender das incongruências da vida. Isso é justifica que se encaixa nas explicações psiquiátricas, mas, somente para aqueles que possuem doenças mentais.
Fosse prevalecer essa teoria o Brasil seria o país que possuiria o maior contingente de bandidos por metros quadrados. Sucede que a nossa distribuição de renda per capta é algo desumano, já que o dinheiro fica na mão de poucos, enquanto a maioria absoluta vive em condições precárias, passando por diversas dificuldades, seja no campo social, econômico e cultural. O acesso às condições de evolução pessoal é raro e depende de muitos fatores, mas o principal é a competência e o empenho individual. As pessoas têm de ‘ralar’ para conseguir sucesso na vida.
Ocorre que existem os preguiçosos que não querem enfrentar as dificuldades que a vida oferece. Esses são aqueles que vão se amparar em alguém ou vão agregar-se ao contingente da bandidagem, porque querem alcançar as coisas sem o devido sacrifício que é inerente à evolução humana. Ninguém escapa dessa ordem Universal que é o trabalho e a ascensão através dele. Não existe outro jeito de as pessoas ascenderem para uma vida promissora sem a condição do trabalho, a não ser aqueles que nascem em berço de ouro e constroem ao seu redor uma redoma de anseios materiais.
Entretanto, a equação matemática constituída pelo: mal + caráter + sucesso, nunca terá um resultado satisfatório porque a primeira palavra utilizada nessa teoria (de ciência exata) não foi elaborada para ser somada com caráter e sucesso. São incompatíveis.
Por outro lado, a bondade á algo universal que se soma a vários outros predicados e que sempre resulta em sucesso. Podemos usar a mesma equação acima: bondade + caráter + sucesso que sempre haverá um resultado satisfatório. A reunião desses predicados sempre levará ao sucesso, seja ele pessoal ou coletivo.
Penso que está aí a explicação de que o bem sempre vencerá o mal, em face de seis regrinhas básicas que se somam. A um: porque o mundo é bondoso. A dois: por que as pessoas rejeitam o mal. A três: por que Deus criou o homem para amar. A quatro: por que há regras e limites. A cinco: por que o homem tem consciência. A seis: por que temos espiritualidade.